Declarações do bastonário sobre Vale e Azevedo geram polémica - TVI

Declarações do bastonário sobre Vale e Azevedo geram polémica

Vale e Azevedo  (Foto Lusa por António Cotrim)

Dantas da Cunha está indignado com afirmação de que ex-presidente do Benfica tem «razões de queixa» da Justiça portuguesa

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Dantas da Cunha, que ganhou um processo contra Vale e Azevedo, manifestou-se «indignado» com declarações do bastonário dos advogados de que o ex-presidente do Benfica tem «razões de queixa» da Justiça portuguesa.

«Lamento que pessoas com a posição do bastonário da Ordem dos Advogados façam afirmações sobre factos e causas que desconhecem, comentem um processo que não conhecem», disse à Agência Lusa Pedro Dantas da Cunha.

«Como bastonário deveria saber que o cúmulo jurídico a ser aplicado será muito superior a sete anos e meio de prisão», acrescentou, realçando que «se o dinheiro fosse do senhor bastonário de certeza que não fazia estas afirmações».

«Considero uma falta de respeito para com as vítimas, neste caso eu. Tive um prejuízo muito superior a 12,5 milhões de euros sem contar os juros», afirmou também Pedro Dantas da Cunha.

Segundo este engenheiro de profissão, «Vale e Azevedo cumpriu apenas um ano em prisão domiciliária e dois anos de cadeia e actualmente encontra-se em liberdade condicional e tem várias obrigações perante a Justiça portuguesa que não cumpriu».

«Um mau exemplo»

«Se querem utilizar Vale e Azevedo para dar um exemplo dos defeitos da Justiça portuguesa, escolheram mal, é a pior escolha possível», observou.

O bastonário da Ordem dos Advogados (OA), António Marinho Pinto, disse quinta-feira que João Vale e Azevedo tem «razões de queixa da Justiça portuguesa» e expressou estranheza por ainda não ter sido feito cúmulo jurídico ao ex-presidente do Benfica.

João Vale e Azevedo «foi humilhado publicamente, foi preso perante as câmaras de televisão à saída de um restaurante. (...) Foi julgado por um juíz que era do Benfica. Tudo isto faz com que ele tenha razões para se queixar da Justiça portuguesa», disse aos jornalistas António Marinho Pinto, à margem de uma audição na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais.
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