Professores: escolas de Coimbra pedem fim da avaliação - TVI

Professores: escolas de Coimbra pedem fim da avaliação

Manifestação de professores

Apelo à ministra da Educação que regresse à mesa de negociações

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A quase totalidade dos conselhos executivos das escolas do distrito de Coimbra reclamaram esta quinta-feira a suspensão do modelo de avaliação dos professores e apelaram à ministra da Educação que regresse à mesa de negociações, informa a agência Lusa.

A posição foi tomada por unanimidade, numa reunião com a participação dos presidentes dos conselhos executivos de 55 das 58 escolas do distrito, e será enviada para a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e para o Presidente da República, Cavaco Silva.

«A questão é muito profunda, deve ser bem ponderada, apelamos à senhora ministra e ao poder político para ter bom senso, a fim de que as coisas se possam resolver», disse Sobral Henriques, presidente do conselho executivo da Escola Secundária Quinta das Flores, onde decorreu o encontro.

Os dirigentes das escolas do distrito de Coimbra «deixam bem claro que os professores aceitam e querem ser avaliados», o que põem em causa é o modelo em vigor, «muito difícil de ser aplicado».

«Dizer-se que as escolas vão bem, que está tudo a resolver-se, que a avaliação está a decorrer não corresponde à realidade», avisou, num recado directo à ministra Maria de Lurdes Rodrigues.

Sobral Henriques frisou que se tratou de uma posição unânime e apelou aos conselhos executivos do resto do país para que tomem também uma posição, frisando, no entanto, que continuarão a trabalhar no processo de avaliação, enquanto cumpridores das leis.

«A senhora ministra tem de voltar à mesa das negociações, os sindicatos têm de voltar à mesa das negociações», disse.

O dirigente escolar, que assumiu o papel de porta-voz dos participantes no encontro, sublinha que as escolas se «confrontam com um importante clima de cansaço, de ansiedade, de indignação dos professores e educadores, que não é bom para ninguém».

«Se continuarem a insistir (no actual modelo de avaliação de desempenho), estaremos cá, isto não é nenhuma ameaça, mas continuaremos a tomar posições, a de hoje não é a última», avisou.
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