«Novas Oportunidades» desadequadas aos ganhos laborais - TVI

«Novas Oportunidades» desadequadas aos ganhos laborais

Rede de centros vai ser alargada com mais 50 unidades, informou a ministra da Educação

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A rede de centros Novas Oportunidades vai ser alargada com mais 50 unidades, respondendo à elevada procura do programa de valorização escolar, que precisa de «tempo» para gerar efeitos no emprego, revelou à agência Lusa a ministra da Educação.



Maria de Lurdes Rodrigues comentava os resultados da primeira avaliação ao programa Novas Oportunidades, que são apresentados, esta sexta-feira, num seminário em Lisboa.



Entre as falhas da iniciativa Novas Oportunidades está a desadequação entre a certificação e os ganhos laborais, em termos de um trabalho melhor ou mais bem pago, bem como o elevado tempo de espera para a chamada, encaminhamento e avaliação para as pessoas entrarem nos cursos, refere o coordenador da equipa que realizou a avaliação externa, Roberto Carneiro, em declarações à «Lusa».

Citando os resultados da avaliação externa, a ministra ressalva que os adultos «procuram a formação de forma desinteressada, não esperam encontrar, de imediato, melhores empregos».

São precisas outras oportunidades

Maria de Lurdes Rodrigues reconheceu que é necessário melhorar a flexibilidade dos horários de trabalho, para facilitar o acesso das pessoas às acções de formação, e aumentar o universo de entidades empregadoras, para que trabalhadores possam frequentar o programa.

A ministra da educação entende que «é preciso tempo» para que a certificação escolar concedida pelo programa Novas Oportunidades tenha «efeitos na empregabilidade, na competitividade»

A titular da pasta explicou que o alargamento da rede vai fazer-se no quando de um novo concurso público já aberto e «tirando partido» da rede de escolas e centros de formação profissional existente.



Além disso, «serão redimensionadas equipas» e ampliadas as actividades dos centros por «mais dois anos». Uma resposta, diz a ministra, «à procura absolutamente extraordinária» do programa que «revela o anseio de formação».



Quase 900 mil portugueses inscreveram-se no programa Novas Oportunidades desde 2006, registando-se uma média de 20 mil novas inscrições por mês, de acordo com o ex-ministro da Educação.
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