Marilu Santana continua acorrentada para exigir salário - TVI

Marilu Santana continua acorrentada para exigir salário

Mulher está há três dias acorrentada a umas escadas. Dezenas de pessoas concentraram-se esta segunda-feira junto ao Clube Praia da Rocha em solidariedade com manifestante

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Dezenas de pessoas concentraram-se esta segunda-feira junto ao Clube Praia da Rocha, em Portimão, em solidariedade para com uma ex-trabalhadora que se mantém há três dias acorrentada a umas escadas da empresa para exigir o pagamento de salários em atraso.

Marilu Santana acorrentou-se na sexta-feira às escadas no interior do Bloco 1 de apartamentos turísticos geridos pela empresa Green Stairs, afirmando que «só sairá quando receber o dinheiro a que tem direito» por serviços prestados no Clube Praia da Rocha em 2014.

Populares, políticos e sindicalistas, juntaram-se aos ex-trabalhadores que terminaram contratos em outubro de 2014 e reclamam o pagamento de dois meses de salários, subsídios e compensações.

«Estou aqui para manifestar a minha solidariedade para com a luta e coragem desta trabalhadora, uma pessoa que exige apenas aquilo a que tem direito», disse aos jornalistas o deputado do PCP Paulo Sá, após ter estado reunido com Marilu Santana.


«É uma vergonha que esta situação ocorra», disse Paulo Sá, acusando o Governo de não intervir no sentido «de forçar ao cumprimento da lei».

Para o parlamentar, o Governo «não tem tido uma intervenção decisiva, apesar de ter os mecanismos para fazer cumprir a lei», assegurando que o grupo parlamentar do PCP irá levar o caso à Assembleia da República.

Por seu turno, Tiago Jacinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria no Algarve, disse à Lusa que dos 30 trabalhadores com salários por receber, cerca de uma dezena foram chamados pela empresa para voltar a trabalhar com a promessa de serem liquidadas verbas em atraso.

«Inexplicavelmente, os outros que têm protestado não chegaram a ser contactados», indicou o sindicalista.


Segundo Tiago Jacinto, o administrador da empresa recebeu esta segunda-feira os representantes do sindicato, «para comunicar que a empresa não tem atualmente dinheiro, e que só poderá começar a pagar os atrasados no mês de junho».

A Lusa tentou ouvir o administrador da empresa Green Stairs, Paulo Martins, que não se mostrou disponível para prestar declarações.
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