Gripe A: reunião para analisar morte de criança

O director da escola onde estudava a criança que morreu quarta-feira e que estava infectada com o vírus H1N1 está reunido com a delegada de Saúde e o director regional da Educação, para decidir eventuais medidas a adoptar. A delegada de saúde, Maria João Martins, e o director regional de Educação, José Leitão, deverão reunir-se, em seguida, com os pais, para esclarecer eventuais dúvidas.

Os alunos, colegas do jovem que morreu, mostram-se preocupados. «Nós estamos muito preocupados, os meus colegas estão cheios de medo de serem infectados e com pena do nosso amigo», disse uma aluna, de 11 anos, em declarações à Lusa.

Madrasta pede que colegas não entrem na escola

A mãe de um aluno de dez anos, por seu lado, lamentou que os pais não tivessem sido informados sobre o caso. «Já ouvimos dizer que há outros meninos em casa com suspeitas de gripe A. Nós, como pais, temos o direito de ter estas informações. Se temos de avisar que o nosso filho tem gripe, a escola também deve avisar se há alguns doentes», frisou.

A maioria dos pais dos alunos da Escola Paula Vicente, no Restelo, teve conhecimento da morte do menino ou pela Comunicação Social ou pelos filhos.

Escola pode funcionar

A delegada de saúde Maria João Martins admitiu entretanto que há mais quatro casos suspeitos de infecção pelo vírus H1N1 na escola, mas assegurou que o estabelecimento pode funcionar. Maria João Martins disse que foi activado o plano de contingência no estabelecimento.

«Nós temos cinco casos [um dos quais o menino que morreu quarta-feira], mas nem todos foram diagnosticados laboratorialmente. (¿) Três são irmãos que nem chegaram a ir à escola porque ficaram doentes no fim-de-semana», adiantou.

Maria João Martins pediu aos pais que vigiem os filhos e que os impeçam de frequentar a escola se for necessário.

Também o director regional de Educação, José Leitão, sustentou que a escola tem todas as condições para continuar a funcionar.