ETA: carro roubado por «carjacking» em Faro - TVI

ETA: carro roubado por «carjacking» em Faro

ETA (arquivo)

ETA tentou destruir o carro, mas detonador não funcionou. Veículo esteve meses abandonado

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O carro roubado em Portugal e localizado em Salamanca terá sido usado por elementos da ETA que o utilizaram para viajar até Espanha, em Agosto, e planeavam destruí-lo, disse à agência Lusa fonte policial espanhola.

Dados das investigações preliminares sugerem que pelo menos duas pessoas terão viajado no veículo, roubado em Portugal em Agosto de 2008 e abandonado, pouco tempo depois, na cidade espanhola de Salamanca.

ETA: carro foi alugado em Portugal

ETA: encontrado carro com matrícula portuguesa

Fonte da Polícia Judiciária disse esta quarta-feira à agência Lusa ter informações de que o carro, que está a ser investigado pelas autoridades espanholas por alegados vínculos à organização separatista ETA, «foi alugado em Portugal».

«Confirma-se que o carro que apareceu [em Salamanca] foi alugado em Portugal. Estamos a investigar», disse à Lusa fonte da Polícia Judiciária, escusando-se a adiantar mais pormenores sobre o caso.

A mesma fonte acrescentou que a investigação seguirá os procedimentos habituais para estas situações e que serão desenvolvidos os «meios de cooperação normais entre as autoridades dos dois países».

Roubado por carjacking

Uma outra fonte policial portuguesa disse à Lusa que o carro foi alugado em Portugal em Agosto de 2008 e roubado, por método de «carjacking», em Faro, pouco tempo depois de ser alugado.

O carro terá entrado de imediato em Espanha e foi usado para a viagem até Salamanca onde foi posteriormente abandonado.

A fonte policial explicou que as análises ao interior do carro, um Fiat de cor escura, ainda estão a decorrer mas poderão ajudar a determinar a identidade dos alegados membros da ETA.

Especialistas da polícia científica espanhola estão a recolher impressões digitais e amostras de ADN do interior do veículo.

Detonador não funcionou

No interior do veículo, foi encontrada uma pequena quantidade de explosivos, garrafas com líquido inflamável e um detonador num engenho que tinha o símbolo da ETA e que deveria ter destruído o carro.

«Ainda o activaram (o detonador) mas não funcionou», explicou a fonte, que referiu que o carro foi deixado «durante meses» no local de onde acabou por ser retirado a 26 de Janeiro.

A ETA normalmente recorre a engenhos deste tipo para destruir provas que a relacionem com os veículos usados nas suas acções.

Residentes da avenida de Salamanca, onde o veículo foi encontrado, notificaram a polícia local de que o carro estava estacionado há bastantes meses naquele local.

A polícia acabou por comprovar que o carro tinha sido dado como roubado, transportando-o para um depósito municipal de veículos, onde hoje deveria ter sido recolhido por funcionários da agência de aluguer de viaturas proprietária do veículo.

Foram estes funcionários, que inspeccionaram o interior do carro para ver o estado em que se encontrava, que detectaram o engenho explosivo.
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