Grécia: portugueses a salvo dos incêndios - TVI

Grécia: portugueses a salvo dos incêndios

Fogo em Sintra - Foto de Manuel de Almeida/Lusa

Consulado afirmou que os portugueses na zona nem pediram ajuda

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A mais recente vaga de incêndios na Grécia, que desde sexta-feira já provocou 63 mortos e avultados estragos materiais, não afectou qualquer cidadão português, disse esta segunda-feira à agência Lusa o embaixador de Portugal em Atenas.

Segundo Carlos Neves Ferreira, contactado telefonicamente pela Lusa a partir de Lisboa, «são poucos os portugueses que residem na Grécia e nenhum deles pediu protecção consular».

«Temos à volta de 240 cidadãos portugueses inscritos no Consulado. A maior parte deles vive em Atenas, ou na periferia. Atenas é uma cidade com uma mancha urbana muito grande», disse.

Relativamente à afluência de turistas portugueses à Grécia, um dos principais destinos de férias, Carlos Neves Ferreira salientou que «os portugueses vão basicamente para as ilhas e praias. Não houve necessidade de qualquer tipo de protecção consular. Mas se for necessário estamos preparados».

Esta mais recente onda de fogos começou sexta-feira, com múltiplos focos de incêndio no Peloponeso, sul do país, e na ilha de Eubéia, nordeste de Atenas, provocando a morte até agora de 63 pessoas e avultados estragos materiais.

União Europeia envia avião para ajudar a apagar fogos

Na sequência do pedido de ajuda das autoridades gregas à União Europeia, Portugal anunciou domingo que iria enviar um avião Canadair para ajudar no combate aos fogos.

Além do Canadair, vai também ser enviada uma equipa constituída por um perito e um oficial de ligação que irá acompanhar a missão, com duração prevista de três dias.

«O avião Canadair está a caminho e o aparelho e os dois técnicos permanecerão três dias úteis após a chegada», salientou o diplomata.

Portugal já tinha ajudado a Grécia em Junho, disponibilizando igualmente um avião Canadair para o combate aos fogos florestais que afectaram a região do Peloponeso.

27 aldeias evacuadas

Entretanto, em Atenas, o serviço de bombeiros anunciou ao princípio da tarde de hoje que 27 aldeias foram evacuadas devido ao avanço das chamas.

«Vão ser evacuadas 13 aldeias da área de Élida, 10 em Messénia e quatro na de Arcádia», informou um responsável do serviço de bombeiros.

Foi na região de Elida, na parte ocidental da Grécia, que morreram mais de 50 das 63 vítimas mortais registadas até agora.

O violento incêndio que deflagrou na região na sexta-feira propagou-se rapidamente, com a ajuda de ventos fortes superiores a 70 quilómetros horários, ao sul e centro do Peloponeso, encurralando aldeias isoladas e impedindo os seus habitantes de abandonar as suas casas.
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