Estudo da DGS defende Lei do Tabaco mais apertada - TVI

Estudo da DGS defende Lei do Tabaco mais apertada

Deixar de fumar

Exemplo prático de Braga prova que, nos locais onde é permitido fumar, há ainda uma maior concentração de tabaco

Quase 77 por cento dos restaurantes, bares e discotecas de Braga optaram por ser espaços sem tabaco, mas em 10 por cento destes locais a proibição não é totalmente respeitada pelos clientes, segundo um estudo divulgado pela Direcção-Geral da Saúde, citado pela Lusa.

Porém, o «facto (da lei) permitir que se possa fumar em alguns locais de restauração e similares, faz com que ainda haja muitos clientes e sobretudo trabalhadores expostos ao fumo passivo», lê-se no documento.

O estudo foi feito por vários especialistas portugueses e espanhóis e conclui ainda que as regras legais devem tornar-se mais apertadas.

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No contexto da actual lei, existe a «percepção, ainda não comprovada, que nos locais onde é permitido fumar ou nos estabelecimentos para fumadores, viram aumentada a concentração de fumo do tabaco», sublinha ainda o documento.

Essa possível concentração é justificada pelo «aumento da concentração de fumadores/as, o que aumenta a dose diária de inalação de Fumo Ambiental do Tabaco, sobretudo para os trabalhadores/as».

«O cumprimento generalizado da lei do tabaco no nosso país e nos outros onde leis mais restritivas foram aplicadas, deixa antever que podemos ir um pouco mais além e terminar com as excepções de fumar em alguns locais», concluem os investigadores.

Declaram-se não fumadores, mas têm cinzeiros e cheiro a fumo...

O estudo cita vários estudos que indicam elevadas percentagens de pessoas que deixaram de fumar, diminuição do fumo nos domicílios e não redução do volume de negócios no sector da restauração.

Em Braga, a maior percentagem de adesão à proibição do fumo foi encontrada nos restaurantes com mais de cem metros quadrados (85,7 por cento), enquanto do lado oposto estão bares e pubs (70,5 por cento).

Entre os estabelecimentos que se declararam não fumadores, perto de oito por cento de restaurantes com menos de 100 metros quadrados e 11 por cento dos bares tinham cinzeiros e menos de 10 por cento destes restaurantes e cafés tinham pontas de cigarros, cheiro a fumo e pessoas a fumar.
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