Paralisação total dos pescadores - TVI

Paralisação total dos pescadores

Pesca - Foto Lusa

A partir da meia-noite deixou de haver barcos no mar e o peixe poderá também começar a escassear nos próximos dias

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Greve é greve. E os pescadores, que muito raramente recorrem a este instrumento de protesto, avançaram em força, paralisando totalmente. Por todo o país só se vêm barcos parados, num sinal forte de descontentamento pela constante subida do preço dos combustíveis e a falta de resposta do Governo.

Em Matosinhos, cerca de 150 barcos estavam parados, afectando mais de 1500 trabalhadores do mar, para além dos muitos postos secundários que também dependem da actividade. Na próxima venda da Docapesca já não haverá peixe vindo directamente do mar, só aquele que não foi vendido no dia anterior.

Greve de pescadores: barcos já pararam

A partir das 00h00 desta sexta-feira deixou de haver actividade no Porto de Leixões e em todo o país, segundo contou ao PortugalDiário António Macedo, do Sindicato dos Pescadores do Norte. «A paralisação é total. Não há barcos na água, está tudo parado», frisou, enquanto Duarte Sá, da Associação de Armadores de Pesca do Norte, ia avisando: «Isto vai continuar assim até quando o Governo quiser. Caso contrário, toda a gente vai ficar parada».

O mesmo por todo o lado

Os armadores de Peniche colocaram esta noite os barcos em frente à lota para impedirem qualquer descarga de pescado, a partir da meia-noite, e vão estar de piquete a proibir qualquer intenção de descarga, informa a agência Lusa.

A resolução foi tomada esta noite durante uma reunião onde participaram mais de 200 homens entre armadores e pescadores de Peniche.

Entretanto, na Figueira da Foz, a adesão também é total, com mais de mais de meia centena de embarcações paradas. Com a greve, o porto de pesca está vazio, sem o habitual movimento de pessoas à hora em que as embarcações se fazem ao mar.

Mais a sul, em Setúbal, armadores e pescadores também aderiram à greve por tempo indeterminado. «Não saiu nenhum barco dos portos de Setúbal, Sines e Sesimbra», garantiu à Lusa Ricardo Santos, presidente da Sesibal - Cooperativa de Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines -, que representa 18 embarcações e mais de 400 pescadores nos três portos de pesca da região.
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