Pescadores regressam ao mar (fotos) - TVI

Pescadores regressam ao mar (fotos)

Fim da greve dos pescadores

Afluência à lota da Figueira da Foz foi «normal». Traineiras chegaram carregadas de peixe

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A afluência de compradores na procura de sardinha na lota da Figueira da Foz foi esta quinta-feira a de um dia normal, apesar de alguma visível ansiedade enquanto as traineiras, carregadas de peixe, acostavam ao cais, escreve a Lusa.

Pelas 08:00 da manhã a estridente sirene do edifício da Docapesca assinala a chegada das embarcações e instala-se à azáfama na lota. António Lé, presidente da organização de produtores do Centro Litoral (CL-OP), admite que se nota «alguma ansiedade» para logo adiantar: «mas não foge à normalidade».

No cais, a traineira «Duas Estrelas» vem carregada com cerca de 22 mil toneladas de sardinha, mil cabazes, retiradas para terra em caixas de 250 quilos.

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No entanto, explica, só 70 foram à venda em leilão, estando os restantes previamente contratualizados com os clientes da organização de produtores.

A sardinha que foi à venda possuía, no entanto, uma prévia ordem de compra de 25 euros o cabaz, preço a que acabou por ser arrematada pela própria organização de produtores, tendo como destino uma grande superfície comercial da cidade.

Limite de cabazes

Alguns comerciantes presentes na lota contestaram a limitação de cabazes disponibilizados pelos produtores, argumentando ainda com o preço a que são obrigados a comprar.

Acusam a organização de produtores de «concorrência desleal», por alegadamente obrigar os comerciantes a comprar a um mínimo de 25 euros o cabaz e disponibilizar sardinha a clientes com contrato a 9,90 euros «que depois vai ser posta à venda no mesmo mercado», disse José Paixão, presidente da Associação de Comerciantes de Pescado da Figueira da Foz. «Os armadores inflacionam o preço», argumentou.

Outro comerciante, Filipe Faro, veio de Setúbal de propósito comprar sardinha à Figueira da Foz, por considerar o peixe que ali se pesca «o melhor a nível nacional».

Um dos clientes da organização de produtores é a empresa grossista Gielmar que segundo o seu responsável, Gilberto Coimbra, assegura a compra de «grande parte da produção» da Centro Litoral, numa média de 80 a 100 toneladas diárias, 60 por cento destinada ao mercado espanhol.
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