Gripe: mais de 30 mil doentes procuram serviços de saúde

Mais de 30.100 pessoas procuraram terça-feira os serviços de urgência dos hospitais e os centros de saúde na terça-feira, estando os números diários a estabilizar nos 28/30 mil, segundo a Direcção-Geral da Saúde.

Depois de mais deslocações na segunda-feira, dia em que habitualmente há «sobrecarga» nos serviços, registaram-se terça-feira 12.528 episódios de procura nos hospitais e 17.642 nos centros de saúde, informou Mário Carreira, coordenador do dispositivo da Direcção-Geral da Saúde (DGS) para a monitorização dos serviços de urgência.

Na segunda-feira, 12.661 doentes procuraram os hospitais e 20.288 os centros de saúde.

O mesmo responsável previu que os atendimentos nos hospitais se mantenham calmos esta quarta e quinta-feira, como acontece nesta época, esperando-se maior procura sexta-feira.

A Agência Lusa contactou o maior hospital do país, Santa Maria, e comprovou a situação de calma que se vive naquela unidade, em contraste com o que aconteceu na passada sexta-feira, com uma procura fora do normal ao serviço de urgências.

Fonte daquele hospital disse que a população está a preferir contactar a Linha Saúde 24 e os centros de saúde, seguindo os apelos das autoridades da saúde.

«Esta epidemia de gripe está a ter um comportamento muito adequado na procura de cuidados de saúde após os alertas do Ministério da Saúde», disse à Lusa Mário Carreira, à margem da apresentação do estudo sobre o impacto da Lei do Tabaco na população.

O responsável da DGS salientou que habitualmente as pessoas não acorrem aos serviços de saúde na véspera e no dia de Ano Novo. «A procura diminui nesses dias nos serviços de saúde e no dia 02 todos os anos aumenta», explicou o responsável, adiantando que são situações que não são de emergência e que as pessoas adiam para o dia 2 de Janeiro.

O responsável sublinhou que «é possível que haja um aumento da procura» nesse dia e que a população deve estar preparada para isso e deve ser «criteriosa na procura dos locais para encontrar cuidados de saúde», que estão preparados para dar essa resposta.

Esta situação não está relacionada com um pico de gripe, mas sim com a procura dos serviços por outras razões, como por exemplo gastroenterites.