Queixas contra os serviços de saúde sobem 14 por cento em 2009 - TVI

Queixas contra os serviços de saúde sobem 14 por cento em 2009

Director-geral de saúde garante que queixas «nunca são ignoradas»

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O número de queixas contra os serviços de saúde subiu 14 por cento em 2009, em comparação com o ano de 2008, segundo dados a que a TSF teve acesso.

São mais de 52 mil queixas. Três em cada cinco são reclamações contra os hospitais. No topo das críticas estão os serviços de urgência, com as culpas postas essencialmente no tempo de espera.

Nos centros de saúde, as queixas são contra as consultas e a prestação de cuidados aos doentes sem médico de família.

Quem leva mais negas dos utentes são os médicos, com 50 por cento das reclamações, depois vêm as direcções e chefias, segundo o relatório da Inspecção-geral da Saúde.

A taxa de reclamações aumentou em 32 hospitais. Os hospitais que registaram maiores taxas de queixas foram o Hospital de Nossa Senhora da Conceição, em Valongo, e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, que inclui os hospitais Júlio de Matos e Miguel Bombarda.

A Inspecção-geral de Saúde considera «expressivos» os números de queixas em 13 por cento das unidades hospitalares, mas entende que esta subida pode não estar relacionada com uma baixa na qualidade dos serviços. Para Francisco George, director-geral de Saúde, em declarações à Lusa, tal aconteceu porque «há uma maior participação, os cidadãos sabem os direitos que têm e isso é bom».

O mais importante, diz Francisco George, é não ignorar as queixas, independentemente do número. «Não é agora o momento de fazer esse balanço» e deixa a garantia que as queixas «nunca são ignoradas».
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