Militar da GNR e ladrão de bancos - TVI

Militar da GNR e ladrão de bancos

É suspeito de sete assaltos. Deverá ser suspenso de funções ainda hoje

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Um militar da GNR foi detido, esta quinta-feira, pela PSP depois de ter tentado assaltar uma dependência bancária do BPI, em Sassoeiros, Carcavelos, confirmou o PortugalDiário junto de fonte da GNR. O militar, que tinha funções apenas administrativas, na Brigada de Trânsito, estava já a ser investigado pela PJ por ser suspeito em mais seis assaltos a instituições bancárias.

Ao que o PortugalDiário o militar com 30 anos estará a ser ouvido pela GNR e deverá ser suspenso, cautelarmente, até ao final do dia, ficando assim impedido de exercer qualquer função como agente de autoridade. Para além do processo-crime, o militar irá ainda responder num processo disciplinar, que, caso se confirmem as suspeitas levantadas, deverá levar à cessação de funções. O mesmo agente já tinha sido punido duas vezes por «pouco diligência no serviço», nomeadamente, atrasos.

Segundo noticia o Diário de Notícias na edição desta sexta-feira, o GNR terá cometido os crimes por excesso de dívidas. Os assaltos praticados não sempre davam lucro, no entanto, o agente actuava desarmado e nunca usou a violência física.

O modus operandi do suspeito consistia em entrar nos balcões e apresentar um papel onde tinha escrito: «Isto é um assalto passe para cá o dinheiro». O militar actuava sem grandes disfarces, apenas com óculos escuros ou chapéu, o que permitiu a identificação através das câmaras de vídeovigilância.

No dia de ontem, o militar entrou na agência do BPI, em Sassoeiros, e mostrou o papel ao funcionário. Este não cedeu e accionou o alarme. O suspeito fugiu, mas a PSP veio a detê-lo já na rua. Segundo a polícia, esta era já a terceira vez que se dirigia aquele balcão para o assaltar.

A PJ estava já «de olho» no militar, uma vez que terá sido o responsável por mais seis crimes desta natureza, existindo mesmo mandados de detenção, aos quais a Judiciária deverá dar cumprimento nos próximos dias. Presente ao juiz foi-lhe decretado termo de identidade e residência.

O militar exercia funções informáticas na BT e não tinha qualquer função operacional. Estava na Guarda há seis anos. Fonte oficial da instituição salienta que o «sentimento na corporação é de mágoa e revolta. A Guarda combate criminosos».
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