Caso Joana: advogado da mãe pede novo inquérito

O advogado de Leonor Cipriano, mãe de Joana, a menina desaparecida no Algarve, anunciou que vai pedir a abertura de um novo inquérito ao desaparecimento da criança e a revisão da sentença da mãe da menina. Marcos Aragão Correia invoca uma confissão escrita de João Cipriano, assinada esta segunda-feira, em que o tio da menina garante ter tentado vendê-la.

Marcos Aragão Correia considera que a confissão de João Cipriano vem corroborar a versão de Leonor e é um elemento suficiente para abrir novo inquérito. O advogado quer que sejam identificados os alegados compradores de Joana e também que Leonor seja absolvida do crime de homicídio da filha.

De acordo com um comunicado enviado pelo advogado à Comunicação Social, ao qual anexa a confissão escrita de João Cipriano, assim como o pedido de abertura de novo inquérito que enviou ao Procurador-Geral da República, João Cipriano apenas confessou a verdade por causa do «temor» que manifestou de poder ser morto dentro da prisão por reclusos «a mando dos criminosos que tentaram comprar Joana». Acrescenta ainda Aragão Correia que João Cipriano pretende, com esta confissão, obter protecção do Estado e que o tio de Joana teme também «identificar os outros criminosos e indicar a localização precisa do cadáver da menina».

O novo inquérito teria como objectivo identificar os compradores de Joana e recuperar o corpo, diz Aragão Correia, sublinhando que como a venda não foi bem sucedida, apenas João Cipriano pode revelar que destino deu à menina.