Aumentam assaltos à mão armada a residências - TVI

Aumentam assaltos à mão armada a residências

Pistola

Lisboa: 58 crimes em seis meses. Cuidado com os falsos técnicos da TV Cabo

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Os assaltos à mão armada a residências particulares estão a ocorrer com maior incidência, devido ao aumento da criminalidade associada a factores de violência, disse à fonte da Polícia Judiciária, citada pela Lusa.

«É uma forma [de criminalidade] que não estava tão explorada e que tem vindo a sê-lo, fruto do aumento da criminalidade e da crise social e económica», confirmou a meama fonte.

Nos últimos seis meses, a directoria de Lisboa da Polícia Judiciária registou 58 assaltos à mão armada a residências particulares, o que segundo a mesma fonte «não é nada de alarmante».

Na maioria deles, os assaltantes surgem encapuzados e «actuam de surpresa».

Segundo a mesma fonte da PJ, é frequente haver uma «relação entre os assaltantes e as vítimas» e os suspeitos «sabem o que vão encontrar» no interior das residências ou procuram muitas vezes «fazer justiça com as próprias mãos para reaver dívidas», de negócios ilícitos associados por exemplo ao tráfico de droga.

Há situações em que os assaltantes planeiam ao pormenor o assalto, procurando vigiar as habitações e «estudar os hábitos de vida dos moradores».

Em Sintra, num dos casos relatados os suspeitos sabiam que a habitação tinha sistema de videovigilância e acabaram por roubar também as respectivas cassetes, para não serem identificados pelas autoridades policiais.

Cuidado com os falsos funcionários da TV Cabo

Muitas vezes, fazem-se passar por «funcionários de empresas como a TV Cabo, EDP, dos CTT e ou falsos polícias».

Foi o que aconteceu há uma semana na Grande Lisboa, um dos últimos assaltos ocorridos na área da directoria de Lisboa da PJ.

Os assaltantes «tocaram à porta, identificaram-se como sendo funcionários da TV Cabo e levaram bens».

Os alvos são normalmente «computadores, telemóveis, jóias, dinheiro e tudo o que seja fácil de transportar», explica a mesma fonte.

Para evitar que mais assaltos desta natureza ocorram, a PJ alerta os cidadãos para a necessidade de «não abrir as portas ao primeiro impulso e ter sistemas de segurança».

Uma corrente na fechadura que impeça a abertura total da porta pode ajudar em muitos casos a evitar um assalto violento, assim como pessoas a viverem sozinhas não devem relatar a sua situação a estranhos.

Na directoria de Lisboa da PJ, até final do ano passado existiam oitocentos processos de inquérito relativos a assaltos com recurso a violência, como os que ocorreram em postos de combustível, farmácias, bancos ou ourivesarias, aos quais se juntam também casos semelhantes em residências particulares.
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