Afinal, Esmeralda não esteve com o pai - TVI

Afinal, Esmeralda não esteve com o pai

  • Portugal Diário
  • - LM
  • 4 abr 2008, 16:25
Esmeralda com os pais afectivos. Sargento livre (Foto Paulo Cunha/Lusa)

Menor não quis sair do carro. Baltazar Nunes insultado por populares

Relacionados
ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO ÀS 20:55

A menor Esmeralda Porto acabou por não se encontrar esta tarde com o progenitor, Baltazar Nunes, apesar da ordem judicial, depois de o Tribunal da Sertã ter sido rodeado de jornalistas e populares que intimidaram as partes, noticia a Lusa.

A menor não quis sair do carro e o casal Luís Gomes e Adelina Lagarto conseguiram receber autorização da juíza do processo para regressar a Torres Novas sem que a visita tenha tido lugar.

O progenitor, Baltazar Nunes, foi insultado por populares que rodearam o edifício, apesar do pedido de protecção policial que interpôs, e acabou por sair da Sertã, cerca das 16:00.

A técnica do Instituto de Reinserção Social ainda tentou falar com a menor para que ela aceitasse encontrar-se com o pai no tribunal, mas nem isso chegou a ocorrer.

Entretanto, a Agência Lusa apurou que a advogada Sara Cabeleira também já deixou de defender Adelina Lagarto no processo-crime de sequestro e subtracção de menor. Confrontada com estes factos, a advogada não quis prestar quaisquer comentários sobre este caso nem sequer as razões que a levaram a deixar o processo.

Segundo fonte ligada ao casal, Luís Gomes e Adelina Lagarto tentam obter o patrocínio de algum advogado ligado ao movimento de juristas que promoveu o habeas corpus para tentar libertar o sargento da prisão, mas até ao momento os contactos foram infrutíferos.

Até quinta-feira, o casal terá de constituir um advogado, já que nesse dia terá lugar uma nova conferência de partes, exactamente um ano depois de uma primeira tentativa para regular a entrega da menor, sem sucesso.

Menor entregue «o mais tardar, no dia 21»

Contactado pelo PortugalDiário, o advogado José Luís Martins, que representa o pai biológico, mostrou-se convicto de que a menor será entregue no dia 19 de Abril, «o mais tardar no dia 21, segunda-feira».

O causídico que esta tarde presenciou os factos junto do Tribunal da Sertã mostrou-se indignado. «Quem devia ajudar a criança a ter uma transição suave e tranquila faz exactamente o contrário», referiu, acrescentando que «não vivemos no Zimbabué por isso o tribunal não deixará de tomar as medidas adequadas», sem precisar.
Continue a ler esta notícia

Relacionados