Torres Vedras: intempérie atingiu 1100 hectares - TVI

Torres Vedras: intempérie atingiu 1100 hectares

  • Portugal Diário
  • 25 mai 2007, 15:11

500 agricultores registam prejuízos elevados com queda de granizo

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A Câmara de Torres Vedras anunciou esta sexta-feira que 1100 hectares de vinhas e pomares, pertencentes a 500 agricultores, registam prejuízos elevados em consequência da queda anormal de granizo registada quinta-feira, noticia a Lusa.

Segundo dados divulgados esta sexta-feira pela autarquia, no concelho de Torres Vedras existem danos em 1000 hectares de vinha, 80 de pomares e 14 de batata.

As zonas mais atingidas são as pertencentes às freguesias de Carvoeira, S. Domingos de Carmões, Dois Portos e Matacães.

«No concelho de Torres Vedras há grupos de técnicos no terreno a fazerem o levantamento para se definir o limite geográfico da zona afectada», disse Francisco Carlos, técnico da zona agrária de Torres Vedras.

De acordo com a estimativa deste representante do Ministério da Agricultura, foi atingida além de Torres Vedras, a zona norte do concelho de Arruda dos Vinhos, o concelho do Sobral de Monte Agraço e Alenquer.

«Há locais atingidos por este acidente meteorológico onde se registam casos graves», observou o técnico, acrescentando que ainda esta sexta-feira o ministério deverá emitir uma circular com as medidas (produtos para a recuperação das videiras) que devem ser seguidas pelos agricultores.

O responsável falava em conferência de imprensa na Câmara de Torres Vedras onde esteve acompanhado pelo vice-presidente da autarquia, por representantes de adegas cooperativas e presidentes de junta de freguesia afectados.

Os representantes das adegas cooperativas estimam que haja uma quebra de 20 a 25 por cento na produção.

No concelho de Alenquer, o vereador com o pelouro da Agricultura, José Catarino, disse à Lusa que está a ser feito o levantamento dos prejuízos adiantando que existe uma centena de casos de pequenos agricultores que «da colheita deste ano não têm nada».

«São pessoas que têm baixas reformas e que sobrevivem da venda de cereja, alperce, alface, alhos e batatas e que já tinham investido muito dinheiro à espera do retorno. Agora ficaram sem nada», lamentou o autarca.
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