Madeira: aumentaram casos de crianças e jovens em risco - TVI

Madeira: aumentaram casos de crianças e jovens em risco

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Segurança Social acompanha mais 21 por cento de casos desde 2007

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O número de crianças e jovens em risco apoiadas pela Segurança Social da Madeira aumentou 21 por cento e os centros lidaram com 1415 crianças em 2009, disse o secretário dos Assuntos Sociais madeirense, citado pela agência Lusa.

Francisco Jardim Ramos referiu que, das 1415 crianças acompanhadas pelo Centro de Segurança Social da Madeira em 2009, em 61 por cento dos casos a medida mais aplicada foi o apoio junto aos pais, o que revela existir «a capacidade da grande maioria das famílias naturais para a sua reestruturação».

Adiantou que em 23 por cento das situações foi necessário recorrer ao acolhimento institucional, realçando a «evolução positiva» destes casos nas estruturas públicas e privadas da região.

O governante sublinhou que em 28 por cento dos casos o problema subjacente é a desestruturação familiar e 16 por cento é o consumo excessivo de álcool.

Salientou ser necessário «reforçar uma metodologia de trabalho, que assente no envolvimento e participação das quatro áreas chave, com intervenção nas crianças e jovens: Justiça, Segurança Social, Educação e Saúde».

Jardim Ramos disse que «esta cooperação intersectorial é essencial para o sucesso da acção técnica e política e está na base da estratégia regional para a infância e adolescência, que desde Junho de 2009 está no terreno» no arquipélago, defendendo que a «aposta deve ser na melhoria das competências familiares».

Por seu turno, a vogal do Conselho Directivo da Segurança Social madeirense, Graça Gomes, disse que se registou um «aumento dos casos desde 2007 a 2009, na ordem dos 21 por cento», sendo maioritariamente oriundos dos concelhos do Funchal, Santa Cruz e Câmara de Lobos.

«São na maioria rapazes, adolescentes, entre 11 e 15 anos, cujas medidas aplicadas foi serem acompanhados em meio natural de vida, junto das famílias», referiu.

Os problemas familiares e o absentismo escolar estão no topo da lista dos motivos da intervenção, sendo reduzido o número daqueles com comportamentos pré-desviantes.
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