Ainda se morre por Sida em Portugal - TVI

Ainda se morre por Sida em Portugal

Dia Mundial da Sida - Índia

Para combater este diagnóstico tardio, o Hospital Amadora-Sintra deu início a uma campanha de sensibilização de médicos e população

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A maioria dos novos doentes com VIH/Sida seguidos em dois anos no Hospital Amadora-Sintra foi diagnosticada tardiamente, o que conduziu a uma mortalidade de 10 por cento, quando «já não se devia morrer de sida em Portugal», segundo a especialista Patrícia Pacheco.

Nos anos de 2009 e 2010 deram entrada nesta unidade 490 novos doentes, a quem foi diagnosticado o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), sendo que a 57 por cento isso aconteceu «tardiamente». A maioria tem entre 30 e 64 anos.

Para Patrícia Pacheco, este atraso leva a que os doentes cheguem ao hospital com doenças oportunistas e associadas à sida, no diagnóstico e tratamento das quais é confirmada a existência do vírus e até da sida.

Um dos resultados deste atraso é «uma elevada mortalidade: dez por cento dos novos doentes morreram, quando actualmente ninguém devia morrer de sida, uma vez que temos terapêuticas muito avançadas», conta à Lusa.

Estes dados preocuparam de tal forma os profissionais do Hospital Fernando Fonseca que a instituição decidiu criar um grupo com responsáveis dos centros de saúde dos concelhos a que o hospital pertence para definir acções.

«Todos nós VIH»

O resultado é um projeto de intervenção regional com o objectivo de aumentar o diagnóstico precoce da infecção VIH/Sida ,«Todos Nós VIH», que pretende diminuir a mortalidade e morbilidade associada a esta doença, através da sensibilização dos profissionais de saúde e utentes relativamente à importância do diagnóstico precoce da infecção.

O projecto arranca esta sexta-feira. Primeiro para médicos e depois para o público. Em 2012 deverá ainda arrancar um estudo epidemiológico e a criação de um gabinete de rastreio.
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