Seis mil abortos clandestinos com a nova lei - TVI

Seis mil abortos clandestinos com a nova lei

Clínica dos Arcos em Lisboa (Foto Lusa/Paulo Carriço)

Director-geral da Saúde não concorda com esta estimativa

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O presidente do colégio de ginecologia/obstetrícia da Ordem dos Médicos acredita que os abortos clandestinos devem rondar «os seis mil». A conta de Luís Graça parte das 20 mil interrupções esperadas num ano e da subtracção das 14 mil realizadas legalmente, noticia o Correio da Manhã.

As razões para estas seis mil mulheres que continuam a recorrer a clínicas clandestinas estão relacionadas com a falta de informação, com gravidezes depois das dez semanas e pelo receio da exposição pública.

Luís Graça sublinha, no entanto, que o balanço de um ano após a nova lei é «excelente», já que o aborto clandestino reduziu entre 70 e 80 por cento.

Movimentos «pró-vida» fazem manifestação

Já o director-geral de Saúde não confia nesta estimativa. Francisco George diz que «não há dados nem registos» para contabilizar estas interrupções. «Estou em crer que possam existir, mas sem essa expressão», referiu.

Os números de mulheres que chegam aos hospitais com complicações depois de abortos clandestinos são também optimista, com menos de metade de infecções e perfurações contabilizadas: «O aborto clandestino é hoje residual».

O director-geral admitiu ainda «algumas falhas» no planeamento familiar, que vão ser combatidas com mais pílulas e preservativos nos centros de saúde.
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