Aeroporto: terminal 2 será para «low cost»

O Governo prevê concentrar os voos das companhias aéreas de baixo custo (low cost) no terminal 2 do Aeroporto de Lisboa em 2010, revelou esta terça-feira o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, escreve a Lusa.

«Logo que o terminal 1 esteja a funcionar sem constrangimentos ou que o terminal 2 esteja apto para receber partidas e chegadas, o terminal 2 será dedicado às low cost e os voos domésticos regressarão ao terminal 1», afirmou Paulo Campos, em declarações à margem da conferência «Diálogo com a Indústria Europeia do Transporte Aéreo sobre Capacidade Aeroportuária», que decorre até quarta-feira, em Lisboa.

Inaugurado a 1 de Agosto, o terminal 2 do Aeroporto da Portela destina-se actualmente às partidas de voos domésticos com origem em Lisboa e com destino aos aeroportos de Faro, Porto, Bragança, Vila Real, Madeira e Açores.

Na ocasião, o secretário de Estado das Obras Públicas anunciou também que o novo terminal de carga do aeroporto de Lisboa estará concluído «em finais de 2010».

Representando um investimento entre 25 e 30 milhões de euros, o novo terminal de carga da Portela vai permitir praticamente duplicar a actual capacidade para 150 mil toneladas.

«Estamos a fazer tudo o que é possível para que o aeroporto de Lisboa cumpra bem a sua missão», afirmou Paulo Campos, adiantando que o Governo vai «libertar mais espaços no aeroporto de Lisboa através da deslocalização de alguns serviços para fora» da actual infra-estrutura, de modo a «conseguir assegurar, até 2017 (data prevista para a entrada em funcionamento do novo aeroporto), o nível de funcionamento adequado do aeroporto».

Estas acções inserem-se no plano de expansão do aeroporto de Lisboa, orçado em 380 milhões de euros e que deverá estar concluído em 2010, e que pretende aumentar a capacidade da pista de 36 para 40 movimentos por hora.

No final das intervenções, o aeroporto de Lisboa terá 47 portas e embarque (30 das quais "schengen"), mais 21 que actualmente, e 20 mangas de acesso aos aviões (mais 13), aumentando a capacidade de carga das actuais 80.000 toneladas por ano para 100.000 a 150.000 toneladas por ano.