Autarcas querem obras na Linha do Oeste

Os autarcas da Associação de Municípios do Oeste vão esta terça-feira propor ao primeiro-ministro, entre outras medidas, melhoramentos na Linha do Oeste e a construção do IC11 (Carregado/Torres Vedras), obras que estiveram bloqueadas pela definição dos acessos à Ota, escreve a Lusa.

Os 13 presidentes das câmaras que integram a Associação de Municípios do Oeste (AMO) estão em Arruda dos Vinhos num encontro de preparação da reunião desta tarde com o primeiro-ministro, José Sócrates, onde deverão ser abordadas medidas de compensação por o novo aeroporto de Lisboa vir a ser construído em Alcochete e não na Ota, como esteve previsto.

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«O IC11 e a Linha do Oeste são coisas que vão estar imediatamente em cima da mesa», adiantou aos jornalistas Carlos Lourenço (PSD), presidente da AMO à entrada para a reunião.

Os autarcas vão também pedir a José Sócrates que seja constituída uma comissão que sirva de canal privilegiado com o Governo para «desbloquear processos».

O fim das restrições

«O que tem que se fazer de imediato é levantar os autos de restrição que existem relativamente a projectos que ficaram a meio no concelho de Alenquer», lembrou Carlos Lourenço, referindo-se às restrições de construção impostas pelas medidas preventivas em vigor desde 1999.

«Esta deve ser a primeira medida, todas as outras têm a ver com o plano estratégico que foi feito a contar com o aeroporto na Ota e com as revisões dos Planos Directores Municipais que já estavam a meio», afirmou Carlos Lourenço.

«Não vamos pedir dinheiro ao Governo, vamos pedir outros planos, com investimentos que possam desenvolver o Oeste de uma outra forma agora já sem contar com o aeroporto da Ota», adiantou o também autarca de Arruda dos Vinhos.

Investir no turismo

O presidente da Região de Turismo do Oeste, António Carneiro, também declarou à entrada para o encontro dos autarcas que irá apresentar um estudo num prazo de 30 dias para fundamentar a criação de uma escola de turismo na região.

O objectivo é a criação de mão-de-obra qualificada para fazer face ao investimento em empreendimentos turísticos (no valor de 400 mil milhões de euros) que estão a surgir na região.