SCUT: protestos simultâneos em todo o país - TVI

SCUT: protestos simultâneos em todo o país

Marcha lenta contra portagens nas Scut, no Porto

Reunião de várias comissões promete iniciativas para breve

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A calendarização de protestos diversificados mas simultâneos em todo o país deverá marcar este sábado, na Senhora da Hora, Matosinhos, a primeira reunião nacional de comissões contra as portagens nas SCUT, prevê a organização.

«Existem condições para promover um conjunto de iniciativas em diversos locais mas num determinado dia, como forma de se obter um muito maior impacto na opinião pública e junto dos poderes políticos», disse à agência Lusa o porta-voz das comissões de utentes das SCUT do Norte, José Rui Ferreira.

O responsável acrescentou que o objectivo é realizar iniciativas «ainda antes de 15 de Outubro», a data anunciada pelo Governo para a introdução das primeiras portagens em SCUT.

Referindo-se ao caso concreto do Norte, José Rui Ferreira admitiu que a nova vaga de protestos se traduza em mais buzinões e marchas lentas.

Com a realização do encontro da Senhora da Hora pretende-se igualmente fazer um levantamento do impacto que a introdução destas medidas teria a nível nacional.

O Governo decidiu que a cobrança de portagens nas auto-estradas SCUT nortenhas (Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata) se fará a partir de 15 de Outubro e nas restantes até 15 de Abril.

É um anúncio que José Rui Ferreira se recusa a encarar como um facto consumado, por entender que os utentes «podem ainda ter uma palavra a dizer no desfecho desta questão».

Questionado sobre a oportunidade do protesto numa altura em que a empresa Estradas de Portugal e o próprio país enfrentam dificuldades acrescidas, o porta-voz disse que «não vale tudo» para atenuar esse quadro financeiro.

Contrapôs que «há muita gente que se interroga por que há sectores que continuam a ter lucros muito grandes e continuam a pagar impostos insignificantes».

A segunda linha da argumentação das comissões de utentes é a de que «não há nada que justifique a introdução de portagens», já que, «além de agravar os orçamentos familiares, vai afectar no desenvolvimento das regiões». É, por isso, «uma medida contraproducente», concluiu.
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