ETA usa carros portugueses para escapar ao «cerco» espanhol - TVI

ETA usa carros portugueses para escapar ao «cerco» espanhol

Explosão da ETA no norte de Espanha

Presidente do OSCOT diz que organização basca usa meios lusos porque tem dificuldade de actuar em Espanha

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A utilização de viaturas com matrícula portuguesa por parte da ETA deve-se ao reforço da vigilância pelas autoridades espanholas, disse o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), citado pela Lusa.

Garcia Leandro sublinhou que o facto de a organização separatista basca utilizar meios logísticos com origem em Portugal não significa que «a ETA tenha alguma base ou meios» em território português.

Para o responsável, a ETA recorre a Portugal devido a «dificuldades de actuação em Espanha».

Uma vez que «as autoridades espanholas estão a apertar o cerco às actividades da organização», a ETA vê-se obrigada a procurar novas áreas de recursos e «Portugal, devido à proximidade, é uma das opções», explicou.

Garcia Leandro referiu ainda que o Ministério da Administração Interna acompanha «com particular atenção» o problema e garantiu que existe uma perfeita articulação com os serviços e forças de segurança espanholas e francesas sobre este e outros casos.

Um carro roubado por coacção física («carjacking») em Faro, no Algarve, em Agosto de 2008, e localizado agora em Salamanca, terá sido usado por elementos da ETA para viajar até Espanha, explicou uma fonte policial espanhola.

Dados das investigações preliminares sugerem que pelo menos duas pessoas terão viajado no veículo, roubado em Portugal em Agosto de 2008 e abandonado, pouco tempo depois, na cidade espanhola de Salamanca.

O carro tinha explosivos no interior, bem como um detonador, que não terá funcionado, impedindo a sua destruição.

Fonte da Polícia Judiciária disse na quarta-feira possuir informações de que o carro, que está a ser investigado pelas autoridades espanholas por alegados vínculos à organização separatista ETA, «foi alugado em Portugal».

Desde o Verão de 2007 foram utilizadas três viaturas com origem em Portugal para acções do grupo separatista Basco, em que um dos carros foi utilizado num ataque a um quartel da Guardia Civil em Durango, Espanha, e os outros dois foram encontrados com explosivos no seu interior.
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