Brasileiros detidos com documentos falsos

A polícia de Ourense, na Galiza, deteve três brasileiros que usavam documentos portugueses falsos para solicitar certificados de cidadãos comunitários e assim obter autorização de residência e trabalho, disse à Lusa fonte policial.

Segundo a fonte, os cidadãos brasileiros - dois homens de 19 e 24 anos e uma mulher de 31 - já foram presentes a tribunal, mas ficaram em liberdade, sujeitos a termo de identidade e residência, sendo indiciados da prática do crime de falsificação de documento público.

Aqueles cidadãos já tinham sido detectados em várias outras localidades espanholas, como Luarca y Salvaterra.

De acordo com a fonte policial, desde Outubro do ano passado já tinham sido detidas em Ourense, pelos mesmos motivos, outras sete pessoas, numa operação conjunta com o Consulado de Portugal naquela cidade, que permite aferir da autenticidade ou falsidade dos documentos apresentados.

As autoridades acreditam que se possa estar perante uma rede que se dedica à falsificação de documentos portugueses, possivelmente a operar a partir de fora da Galiza.

Todas as pessoas detidas são brasileiras, o que, por uma questão de proximidade linguística, lhes permite fazerem-se passar por portugueses com maior facilidade.

Por outro lado, a Polícia de Ourense continua a investigar a alegada «proliferação» de casamentos por conveniência naquela cidade galega entre portugueses e brasileiras para conferir a estas o estatuto de cidadãs comunitárias.

A polícia admite haver portugueses que se tornaram em autênticos «noivos profissionais», casando várias vezes e recebendo em troca compensações superiores a 3000 euros.