Bancos: Menezes desvenda quem se demitiu da Comissão Política - TVI

Bancos: Menezes desvenda quem se demitiu da Comissão Política

Menezes em Santa Maria da Feira (Foto Lusa/Paulo Novais)

Ex-líder do PSD esclarece o processo depois da denúncia de pressões políticas

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O ex-presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, esclareceu que Joaquim Coimbra foi o elemento da sua Comissão Política Nacional que se demitiu, na sequência do processo relacionado com o inquérito à supervisão financeira da banca.

Esta posição surge em comunicado enviado à agência Lusa pelo seu gabinete e surge na sequência da polémica gerada pelas declarações do ex-líder social-democrata em entrevista à RTPN.

Recorde-se que Menezes afirmou ter sido pressionado e ameaçado por ter avançado com um inquérito à supervisão bancária por parte do Banco de Portugal. Aproveitou para reafirmar hoje que «foram públicas e notórias as críticas permanentes, duras, variadas e concertadas, muitas ilegítimas, de dezenas de agentes políticos social-democratas à anterior liderança».

Devido a esta questão, um dos elementos da sua Comissão Política Nacional apresentou a sua demissão, revelara então Menezes que agora aponta o nome de Joaquim Coimbra. No entanto, essa demissão «ficou congelada», depois do demissionário ter sido «esclarecido sobre o verdadeiro enquadramento» da questão.

Esta demissão, que Luís Filipe Menezes admite não ter sido pública, acabou, no entanto, por fazer com que Joaquim Coimbra «nunca mais tivesse participado em qualquer tipo de reunião ou iniciativa partidária». Esclarece, porém, que, apesar desta demissão, «nada fez com que deixasse de considerar Joaquim Coimbra uma pessoa bem intencionada e séria».

As pressões

Relativamente às pressões que afirmou ter sofrido na altura, Menezes revelou que elas «atingiram as raias do imoral e insuportável», mas não partiram de nenhum membro da Comissão Política Nacional, do presidente do Congresso, da Direcção do Grupo Parlamentar ou do secretário-geral, «que foram impecáveis no apoio e solidariedade com a decisão tomada».

Entre os que considera terem tido um «comportamento impecável», Menezes destaca «Couto dos Santos, Arlindo de Carvalho, Feliciano Barreiras Duarte, Paulo Pereira Coelho e José Manuel Canavarro».

«Os ex-membros do Governo e ex-ministros visados pelas críticas (feitas na entrevista televisiva) não eram, obviamente, membros da equipa liderada por Luís Filipe Menezes», esclarece o antigo líder no comunicado enviado à Lusa. «Todavia, as pressões e ameaças repetiram-se em várias circunstâncias, com particular ênfase quando esta temática (supervisão financeira) foi debatida e suscitou a iniciativa parlamentar conhecida», acrescenta o documento.

Segundo Menezes, entre essas ameaças e pressões de que foi alvo encontra-se a de «convocação imediata de Conselhos Nacionais ou Congressos, visando a destituição da direcção, a promoção de campanhas negras encomendadas a agências de comunicação visando a destruição da imagem pessoal e familiar do líder».
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