Pescadores chamam a ASAE - TVI

Pescadores chamam a ASAE

ASAE

Quarteira: mercado foi encerrado e a entidade fiscalizadora foi chamada a fiscalizar o peixe

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Algumas dezenas de pescadores e armadores soldaram os cadeados dos portões do mercado de Quarteira e chamaram a ASAE para fiscalizar a qualidade do peixe que estava dentro de carrinhas estacionadas junto ao mercado, noticia a agência Lusa.

«Chamamos a ASAE porque queremos que averigue a qualidade do peixe», disse Júlio Alhinho, pescador de Quarteira acrescentando que «é de lamentar que muitas carrinhas carregadas de peixe tivessem abandonado o mercado, mal souberam que a ASAE vinha para o local».

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O director regional da ASAE, que se encontra no mercado do peixe de Quarteira auxiliado por cerca de 50 militares da Guarda Nacional Republicana, declarou que fará um balanço da operação no final da fiscalização.

Os pescadores gritavam esta manhã junto ao mercado que existia peixe com mais de 15 dias nas carrinhas estacionadas à entrada do mercado de Quarteira.

A Lusa apurou que os portões foram soldados cerca das cinco da madrugada conforme adiantou um armador, João Sancadas, de 24 anos que verificou os cadeados soldados a essa hora da madrugada.

Confrontos verbais em Caminha

Um grupo de pescadores de Matosinhos envolveu-se esta manhã, em Vila Praia de Âncora, Caminha, em confrontos «verbais» com pescadores locais, por estes não estarem a aderir à greve que decorre desde sexta-feira.

Em declarações à Lusa, Francisco Cruz, da Propesca, de Matosinhos, disse que «cerca de uma dezena de pequenos barcos estavam a ir ao mar normalmente, como se não estivesse em curso uma greve».

Os pescadores de Matosinhos deslocaram-se a Vila Praia de Âncora para confirmar uma denúncia feita por habitantes locais.

«Hoje quando chegámos aqui, cerca das 7h00, houve alguns desentendimentos, mas já está tudo resolvido», acrescentou, referindo que os pescadores locais disseram estar "mal informados sobre as razões do protesto».

A mesma fonte acrescentou que os profissionais de Vila Praia de Âncora quando lhes foi explicado o que estava em causa «aceitaram bem» e manifestaram a intenção de, a partir de agora, aderir à greve.

Uma outra fonte ouvida pela Lusa disse que parte do peixe que os pescadores traziam nos barcos «foi entregue a instituições de solidariedade social e o restante foi deitado ao mar».

O sector das pescas em Portugal está em greve por tempo indeterminado desde as 00:00 de sexta-feira em protesto contra o aumento de combustíveis, numa luta que abrange igualmente os pecadores espanhóis, franceses e italianos.
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