As crianças com cancro que são seguidas no S. João, no Porto, estão a fazer quimioterapia num corredor do hospital, denunciam os pais, que já apresentaram queixa junto da administração.
"As crianças acabam de fazer quimioterapia e têm de partilhar os elevadores com os carrinhos do lixo. E os carrinhos da limpeza são colocados ao lado da comida", denunciou o pai de um adolescente, citado pelo JN.
A falta de condições, escreve o Jornal de Notícias, nesta terça-feira, estende-se à unidade do Joãozinho para onde as crianças são encaminhadas quando têm de ser internadas e que funciona, há quase dez anos, em contentores.
Uma das mães disse ao JN que a situação na quimioterapia do ambulatório "é caótica" e "mil vezes mais grave" quando é preciso internar as crianças.
Não se admite que crianças em isolamento tenham quartos com buracos nas paredes, nos sofás, e janelas onde entra frio e não há cortinas para bloquear a luz", descreveu, entre muitas queixas.
Os pais, incentivados pelos próprios profissionais de saúde, e aos quais nada apontam, decidiram tornar públicas as condições em que os filhos são tratados mediante a ausência de respostas.
A construção da nova ala pediátrica do S. João está parada há cerca de dois anos, mas o hospital, questionado pelo JN, garante que tem feito obras de melhoramento.