Médicos: sindicatos contra contratação de aposentados - TVI

Médicos: sindicatos contra contratação de aposentados

Saúde (arquivo)

Defendem que o Ministério da Saúde deve apresentar uma grelha salarial e criar condições para clínicos não pedirem a reforma antecipada

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Os sindicatos médicos opuseram-se esta segunda-feira ao regime especial de contratação de médicos aposentados e defendem que o Ministério da Saúde deve apresentar uma grelha salarial e criar condições para os clínicos não pedirem a reforma antecipada, escreve a Lusa.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) estiveram reunidos esta segunda-feira com a ministra da Saúde, Ana Jorge, e representantes dos Ministérios das Finanças e do Trabalho, numa audição para discutir o projecto de decreto-lei sobre médicos aposentados.

No final da audição, que durou cerca de três horas, o presidente da FNAM, Sérgio Esperança, afirmou que os sindicatos «não podiam concordar com o projecto que foi apresentado» e estranharam a «pressa» da negociação proposta.

«Fomos convocados para uma audição e os sindicatos entendem que isto é matéria de negociação coletiva e foi aí que fizemos centrar as nossas reivindicações de hoje», sublinhou.

O presidente da FNAM explicou que a negociação se «transformou numa reunião de negociação, mas que foi inconclusiva porque não chegaram a acordo».

Para os sindicatos, os médicos que estão a pedir a aposentação antecipada ficam numa situação diferente em relação aos médicos que já estão aposentados, o que «não é aceitável».

Os sindicatos afirmaram ainda não perceber a pressa desta resolução. Os sindicatos esperam «pacientemente», desde 24 de Março, a discussão de uma grelha salarial que ainda não foi apresentada e «é um dos aspectos fulcrais dos anexos do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)».

«Este projecto diploma foi-nos apresentado na passada quinta-feira. Porque houve tanta pressa hoje de incluir as negociações nesta reunião?», questiona.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade da proposta ser aprovada nestes moldes em Conselho de Ministros, Sérgio Esperança disse que «será uma decisão política que a ministra ou o Governo terão de tomar».
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