Kosovo: maioria da UE reconhece independência

A grande maioria dos membros da União Europeia decidiram reconhecer rapidamente a independência do Kosovo, após o anúncio dos «quatro grandes» - Alemanha, França, Itália e Reino Unido - da mesma intenção, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão.

Alemanha, França, Itália e Reino Unido anunciaram hoje a intenção de reconhecer a independência do Kosovo, declarada domingo unilateralmente, após a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 em Bruxelas.

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Segundo o chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, outros 17 Estados membros «agirão rapidamente» para apoiar os «quatro grandes».

França foi a primeira a anunciar a sua decisão e já recebeu o agradecimento de Pristina.

Portugal deverá reconhecer o Kosovo depois de o governo consultar a Assembleia da República, Presidente da República e líderes partidários e em articulação com os seus parceiros europeus, disse hoje, em Bruxelas, o chefe da diplomacia portuguesa.

"É em estreito diálogo com os nossos aliados que nós tomaremos uma decisão no momento e no 'timing' que entendermos mais adequado", disse Luís Amado no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).

A Bélgica foi outro dos Estados membros a anunciar hoje a sua intenção de reconhecer a independência do Kosovo, o que acontecerá, de acordo com o chefe da diplomacia Karel de Gucht, "esta semana".

Filândia e Dinamarca declararam a mesma intenção de reconhecer o Kosovo.

A Áustria vai pedir autorização para o reconhecimento formal da independência do Kosovo, na reunião quarta-feira do governo federal. Este terá de fazer a proposta ao presidente do país.

Suécia, Bulgária, Irlanda, Eslovénia e a República Checa foram outros dos países da UE que disseram ter iniciado procedimentos nacionais para reconhecer o Kosovo.

Espanha, no entanto, deixou claro que a independência do Kosovo e os esforços para a reconhecer são ilegais perante a lei internacional. Também a Eslováquia, que tem uma minoria húngara bastante grande, considera que a questão encorajará tensões étnicas.

Roménia, Grécia e Chipre são Estado membros que estão igualmente contra o novo estatuto do Kosovo.