A Confederação das Associações de Pais (Confap) lamenta o aumento do preço dos manuais escolares, por representar mais uma penalização para as famílias, e apela ao Governo para não reduzir a dedução com as despesas de Educação no IRS.
«Este aumento de preços dos manuais escolares tem de ser esclarecido com o impacto nos tempos em que vivemos. Todos os dias nos dizem que temos de cortar, que reduzir», lembrou, em declarações à Lusa, o presidente da Confap, Albino Almeida.
O Diário de Notícias de terça-feira revela que o preço os livros escolares para o próximo ano lectivo vai subir 1,5 por cento no ensino básico e 0,4 por cento no ensino secundário.
A Confap admite que «individualmente os aumentos não são elevados», mas sublinha que representa uma penalização adicional para as famílias portuguesas.
Segundo as contas de Albino Almeida, no 1.º ciclo o aumento de 1,5 por cento em manuais cujo preço médio é de oito euros representará 12 cêntimos para cada livro, o que significará «cerca de 50 cêntimos numa factura de ronda os 32 euros».
Quanto ao ensino secundário, a Confap salienta que o aumento de 0,4 por cento nos livros penaliza os alunos que seguem as vias não profissionalizantes, as únicas sujeitas à compra de manuais.
«A Confap entende que teve razão quando alertou o Governo que este não era o ano para mexer nas deduções à colecta em despesas da educação por parte das famílias», refere o presidente da Confederação.
Os pais pretendem ainda que o Governo aumente os escalões da acção social escolar, usando o critério da inflação esperada, para que o leque das famílias apoiadas possa ser maior.
Manuais escolares: pais lamentam aumento do preço
- Redação
- VG
- 29 jun 2010, 11:28
Confap apela ao Governo para não reduzir a dedução com as despesas de Educação no IRS
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