Polícias dizem policiamento nas ruas é «cada vez mais invisível»

O Sindicato Nacional de Polícias (SNP) criticou o Ministério da Administração Interna (MAI) por não aumentar o recrutamento policial, considerando que o incidente que vitimou um antigo agente, no Laranjeiro, resulta da «falta de efectivos na PSP».

«A crítica que fazemos é dirigida à falta de efectivos, que é uma responsabilidade governativa. Por isso, iremos enviar um documento ao Ministério da Administração Interna a lamentar que, uma vez mais, tenha sido colocada em causa a vida de polícias por falta de reforços», disse à Lusa o presidente do SNP, Armando Ferreira.

«Segundo as informações que obtivemos, não houve possibilidade de recrutar reforços para ajudar a equipa que estava no local, porque tinha sido destacado todo o efectivo de reserva para outro serviço», adiantou o responsável, considerando que este é um dos «principais problemas» que as forças policiais enfrentam actualmente.

«Isto, mais uma vez, vem provar que a falta de efectivos coloca em risco a vida dos polícias», acrescentou, sublinhando que o número de entradas de profissionais naquele sector «é inferior ao número de polícias que saem».

Armando Ferreira concluiu que o policiamento nas ruas é, actualmente, «cada vez mais invisível» e que a PSP necessitaria entre três a quatro mil polícias para conseguir desempenhar em pleno as funções que lhes estão atribuídas.