Face Oculta: PJ não recebeu pedido de exame a documento - TVI

Face Oculta: PJ não recebeu pedido de exame a documento

Face Oculta

No caso de violação de segredo de justiça

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O Laboratório de Polícia Científica da PJ não recebeu qualquer pedido para fazer um exame de perícia forense de documentos no caso de violação de segredo de justiça no âmbito do processo Face Oculta, disse o director do LPC.

«Ao Laboratório de Polícia Científica (LPC) não chegou, no âmbito deste processo, nenhum pedido de exame», garantiu Carlos Farinha à agência Lusa, em resposta a declarações do advogado do arguido Paulo Pereira Costa.

Na segunda-feira, após mais um adiamento do julgamento, o advogado disse que este não se realizou «por insuficiência de prova e incapacidade do Laboratório de Polícia Científica [da Polícia Judiciária (PJ)] de ter respondido a um conjunto de questões» colocadas pela defesa.

Carlos Farinha negou incapacidade por parte do Laboratório e referiu que este não pode dar uma resposta a um pedido, que será feito pelo tribunal, que ainda não chegou.

E adiantou: «A este tipo de exames - perícia forense de documentos ¿ estamos a dar uma resposta que raramente excede os 30 dias, prazo com morosidade aceitável».

Na segunda-feira, o Tribunal Judicial de Ílhavo voltou a adiar o início do julgamento de Paulo Pereira Costa, acusado do crime de violação do segredo de justiça no âmbito do caso Face Oculta, ficando a primeira audiência marcada para 02 de Maio.

«O meu cliente está indiciado por haver uma coincidência entre uns sinais que estavam no mandato de busca e os sinais que aparecem na RTP e eu pedi que o Laboratório Científico me dissesse se, de facto, há uma igualdade entre as duas marcas», explicou, na ocasião, o advogado Pedro Marinho Falcão.

Paulo Pereira Costa é acusado de ter disponibilizado a um canal de televisão um mandato de busca, que lhe foi entregue no âmbito do processo Face Oculta.

O arguido foi indiciado por quatro crimes de receptação e um de associação criminosa, ficando obrigado ao pagamento de uma caução de 25 mil euros.

O processo Face Oculta investiga alegados casos de corrupção e outros crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado Manuel José Godinho, que se encontra em prisão preventiva.

Entre os arguidos estão personalidades como o então presidente da REN-Redes Eléctricas Nacionais, José Penedos, que foi suspenso de funções pelo juiz de instrução, e Armando Vara, ex-ministro socialista e que se demitiu do Millenium/BCP, onde desempenhou funções de administrador.
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