Explosão em pirotecnia de Ponte da Barca - TVI

Explosão em pirotecnia de Ponte da Barca

Há um ferido ligeiro

ACTUALIZADA ÀS 10h04 DE SEXTA-FEIRA

Uma pirotecnia de Ponte da Barca registou esta noite uma «violenta explosão», confirmou o tvi24.pt junto de fonte dos bombeiros locais.

A explosão deu-se cerca das 23:00, na freguesia de Oleiros, e os bombeiros de Ponte da Barca mobilizaram para o local sete viaturas, além de vários meios do INEM.

Contactada pelo tvi24.pt, a GNR de Arcos de Valdevez confirmou a existência de um ferido ligeiro e o corte da Estrada Nacional 203.

«Temos um ferido a registar, com uma fractura da clavícula. Trata-se de uma pessoa que sofreu uma queda, provavelmente na sequência da onda de choque que se seguiu à explosão», disse à Lusa o Comandante Distrital de Operações de Socorro.

Segundo Paulo Esteves, na altura da explosão da pirotecnia, pelas 23:00 de sexta-feira, em Oleiros, «não se encontrava ninguém no interior», segundo «indicação do proprietário».

«No entanto temos um grande incêndio no local e por isso estamos a tentar fazer segurança ao perímetro dos paióis. Além disso há o combater as chamas que alastraram ao monte e que se transformaram num incêndio florestal», explicou ainda.

O único ferido conhecido deste incidente foi evacuado para o hospital de Viana o Castelo.

A explosão provocou avultados danos na própria fábrica e nos edifícios vizinhos, tendo sido sentida a vários quilómetros de distância.

«A nossa prioridade foi salvaguardar dois contentores, com material pirotécnico, que se encontravam no interior e felizmente isso foi feito. Depois tivemos ainda de combater os incêndios florestais provocados pelas projecções da pirotecnia», acrescentou Paulo Esteves.

O incêndio que deflagrou na fábrica e que rapidamente se transformou num fogo florestal chegou a ser combatido por 58 bombeiros de seis corporações do distrito de Viana do Castelo, durante mais de uma hora e meia.

As causas que estiveram na origem destas explosões deverão ser investigadas por especialistas da PSP, entidade que supervisiona a utilização de explosivos em Portugal.

Alerta da ASPROCIVIL

A Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Protecção Civil (ASPROCIVIL) alertou para a necessidade de mais fiscalização das fábricas de pirotecnia, pela ASAE, câmaras municipais e Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

O alerta visa «não só a fabricação dos artefactos, mas também o seu transporte e lançamento», lê-se em comunicado.

«Dada a natureza perigosa desta actividade impõe-se um maior controlo na actividade de fabricação, transporte e uso, mas também, rigor na aprovação deste tipo de fábricas, pois o risco é de índice muito elevado, estando sempre o acidente à espreita», refere a Associação.

A ASPROCIVIL aconselha a limitação da área, barreiras que condicionem os efeitos e consequências das explosões (fogo e ondas de choque) e ainda características especificas de engenharia para os edifícios que albergam estas actividades e o seu afastamento de zonas habitacionais.

«Quanto ao transporte e manuseamento, sugere-se o aumento da formação e medidas mais apertadas para atribuição de credenciação, bem como, uma maior fiscalização pró-activa que não seja só para verificar os estragos e passar as multas», adianta.

Questionando quantas fábricas estão desconforme com a lei, a ASPROCIVIL lembra que «cerca de 70 por cento destas fábricas estão licenciadas há mais de 50 anos», obedecendo a critérios e obrigações de segurança que estão ultrapassados.
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