Estudo: mais de um terço não pode viver sem telemóvel

Uma pesquisa mundial revelou que a maioria das pessoas não pode viver sem o telemóvel, nunca sai de casa sem ele e, se pudesse optar, preferia perder a carteira, escreve o «Cinco Días».

A empresa de investigação de mercado Synovate, que considera os telefones o «comando à distância» da vida, refere, na sua pesquisa, que estes dispositivos são de tal modo omnipresentes que, em 2008, o número de pessoas em todo o mundo com telemóvel era superior aos que não o tinham.

Cerca de 75 por cento dos 8 mil entrevistados através da Internet de 11 países diferentes admitiram levar o telemóvel para todo o lado, com os russos e os singapurenses em primeiro lugar.

Mais de um terço disse que não pode viver sem o telemóvel, uma lista liderada pelos taiwaneses e de novo pelos singapurenses, enquanto que um em cada quatro considera mais difícil substituir o telemóvel do que a sua carteira.

Cerca de dois terços dos inquiridos dormem com o telemóvel por perto e não o podem desligar mesmo se quiserem, porque têm medo perder alguma coisa.

«Os telefones dão-nos segurança e acesso imediato à informação. São a nossa principal ferramenta de comunicação e, por vezes, superam a comunicação cara a cara. São as ligações das nossas vidas», afirmou Jenny Chang, o director de gestão da Synovate em Taiwan.

Os telemóveis mudaram também a natureza das relações, já que, segundo o estudo, já que um quinto dos questionados combinou os primeiros encontros através de mensagem e outros tantos utilizaram-na para terminar um relacionamento amoroso. Além das funções óbvias de chamada e mensagem de texto, as três mais comuns são o alarme, a câmara e os jogos.

Em relação ao acesso à Internet, 17% afirmaram verificar os e-mails ou navegar na Internet a partir dos aparelhos, com os americanos e britânicos à frente. Também eles lideram a categoria de pessoas que entram regularmente, a partir do telemóvel, em sites de redes sociais como o Facebook ou o MySpace.

No entanto, nem todos percebem de tecnologia. Prova disso são os 37% que afirmaram não saber utilizar todas as funcionalidades do dispositivo. A pesquisa foi feita através da Internet em Junho deste ano no Canadá, Dinamarca, França, Malásia, Holanda, Filipinas, Rússia, Singapura, Taiwan, Reino Unido e EUA.