Qimonda quer «medidas urgentes» para salvar fábrica - TVI

Qimonda quer «medidas urgentes» para salvar fábrica

Qimonda

Sindicato espera que o Executivo e a União Europeia não «fiquem à espera da evolução da situação na Alemanha»

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Os delegados sindicais da Qimonda reclamaram esta segunda-feira do Governo e da União Europeia (UE) «medidas imediatas» que salvaguardem a empresa de Vila do Conde, apelando que «não fiquem à espera da evolução das coisas na Alemanha», noticia a Lusa.

«O sindicato espera que o Governo, assim como a UE, tomem medidas imediatas e ajustadas na procura de soluções e que não fiquem à espera que a evolução das coisas na Alemanha venha a resolver a situação no pior dos sentidos», lê-se num comunicado emitido após uma reunião de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte e Centro (STIENC).

Em declarações à agência Lusa no final do encontro, o dirigente sindical Daniel Sampaio destacou a importância de se «procurar uma solução o mais rápido possível», seja através de um eventual comprador para a Qimonda de Vila do Conde, seja auxiliando financeiramente a empresa.

«A decisão do Governo deve ser urgente; só uma decisão política pode dar garantias à fábrica de Vila do Conde», disse ainda Daniel Sampaio à TSF, aguardando uma reunião com o ministro da Economia ainda esta semana.

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Neste sentido, diz ter pedido reuniões urgentes ao ministro da Economia, Manuel Pinho, e a outras entidades, de forma a acompanhar «os passos dados, imediatos e futuros, para um rápido encontrar de soluções».

«O Governo diz que está a tomar todas as medidas, inclusive procurar um possível comprador para Vila do Conde, mas os prováveis compradores devem estar atolados de problemas do género e sujeitar a salvação da Qimonda a haver ou não um comprador poderá ser limitar o futuro imediato da empresa».

Para o STIENC, «se Vila do Conde tiver apoios específicos não tem que ser arrastada» no processo de insolvência em curso da casa-mãe na Alemanha, mas «o Governo não tem sido muito específico» relativamente às medidas em curso.

Segundo o dirigente, nas medidas a tomar para manter a Qimonda em Portugal «deve ter-se em consideração a salvaguarda da totalidade dos postos de trabalho», mas também «a retoma de horários dignos, pondo-se fim ao regime desumano de 12 horas diárias».

«A Qimonda é uma empresa de referência do Plano Tecnológico do Governo e, se cair, é porque as políticas do Governo fracassaram completamente neste domínio».
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