«Finalmente acabou a pouca vergonha no BCP», disse Joe Berardo à saída da assembleia-geral do banco, que decorreu esta segunda-feira, na Alfândega do Porto. O accionista referia-se à extinção do Conselho Superior, por mais de 85 por cento.
«Acabou a era daquele senhor que todos conhecemos», disse ainda, referindo-se ao fundador do Banco Comercial
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Português Jardim Gonçalves.
Imagens da assembleia-geral do BCP
Na AG do BCP foram ainda votadas as contas do banco e votada uma nova equipa para o Conselho Geral e de Supervisão.
Para o presidente do conselho de administração, Carlos Santos Ferreira, esta AG significa a «estabilização do banco e o retomar do caminho e da imagem do banco».
Conselho Superior extinto com mais de 85% dos votos
«Números destes nem na República Popular da China
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Questionado sobre a Eureko, que sai derrotada desta AG depois de ter defendido a manutenção do Conselho Superior, o único órgão social ao qual se candidatou, Santos Ferreira revelou que no final da ordem dos trabalhos esteve a «combinar» com o CEO da Eureko «trabalhos comuns»: «As alianças ganham quando há por trás uma razão de negócio.
E ambos gostariam que houvesse razão».
Interrogado sobre o sentido da enigmática frase, Santos Ferreira escusou-se a responder, deixando no ar a existência de uma plataforma de entendimento com o accionista.
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Sobre o processo de mediação com os pequenos accionistas, que compraram acções com crédito do banco, o presidente do BCP disse que processo está em «curso» e que o número de sessões de mediação, só para este semana, cifra-se nas 14, ou seja, três por dia».
«A este ritmo temos todos os casos resolvidos dentro de um ou dois meses», estima o presidente do BCP.
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