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Kosovo: «Sérvia nunca poderá ser negligenciada»

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Posição defendida por destacado eurodeputado alemão

O alemão Elmar Brok, democrata-cristão do CDU da chanceler ngela Merkel e membro da Comissão das Relações Externas do Parlamento Europeu, declarou aos jornalistas que, apesar de concluídas as negociações entre as delegações sérvia e albanesa, sobre o futuro estatuto do Kosovo, têm de ser tidos em conta os interesses de Belgrado.

Os interesses sérvios deverão ser tidos em conta na solução a dar ao estatuto da sua província meridional do Kosovo, que, inicialmente, não poderá gozar de uma soberania ilimitada, declarou hoje um destacado eurodeputado alemão, em Moscovo, noticia a Lusa

«A comunidade internacional, em geral, e a União Europeia (UE), em particular, deverão assumir todas as responsabilidades e deixar claro que o Kosovo não poderá gozar logo de início de uma soberania ilimitada», frisou.

Brok disse que na capital russa viu confirmada a sua percepção de que «a Sérvia, um país orgulhoso, nunca poderá ser negligenciada».

Moscovo opõe-se frontalmente à independência da província sérvia sob administração da ONU (MINUK) desde o fim dos bombardeamentos da Aliança Atlântica (NATO), em 1999, enquanto Washington apoia os separatistas da maioria albanesa no território (90 por cento dos cerca de dois milhões de habitantes).

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Depois de uma moratória de 120 dias - entre Agosto e 10 de Dezembro -, o Conselho de Segurança das Nações Unidas ficou quarta-feira num impasse quando se debruçou sobre o relatório da troika de mediadores para o Kosovo (Estados Unidos, Rússia e UE).

Belgrado está disposta a ir até à concessão de uma ampla autonomia ao Kosovo, mas Pristina não abre mão da reivindicação da independência.

O texto dava conta do fracasso das negociações devido à intransigência das partes na defesa das suas posições antagónicas, reiteradas no Conselho de Segurança por altos responsáveis sérvios e albaneses.

Face ao impasse na ONU, os cinco países europeus com assento no Conselho de Segurança - Reino Unido, França, Bélgica, Eslováquia e Itália (este mês com a presidência rotativa) - anuíram em passar o dossier kosovar para as esferas da UE e da NATO, que mantém uma força internacional no território (KFOR).

O chefe da delegação russa na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Konstantin Kosatchev, indignou-se com o facto de «pela primeira vez na história da ONU duas organizações [UE e NATO] poderem vir a decidir o destino de um país [Sérvia] que não as integra».

Kosatchev concluiu recordando que em Abril houve um debate na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa bem esclarecedor sobre as clivagens existentes na UE relativamente ao futuro estatuto do Kosovo.

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