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PCP: Passos «assumiu» política de «baixar salários para pagar a crise»

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Reação do PCP, através do deputado João Oliveira, à entrevista do primeiro-ministro

O PCP considera que o primeiro-ministro assumiu, nesta quinta-feira, «com toda a clareza», na entrevista à RTP, que o objetivo da política do Governo e do acordo da ajuda externa é baixar salários para «pagar a crise».

«Para o PCP, há um elemento muitíssimo relevante nesta entrevista. É que o primeiro-ministro assume com toda a clareza que o objetivo deste programa [de ajustamento financeiro] é reduzir os custos do trabalho, reduzindo os salários a quem trabalha para pagar a crise que o capital criou», disse o deputado comunista João Oliveira, numa declaração aos jornalistas no Parlamento após a entrevista do primeiro-ministro, hoje, à televisão pública.

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João Oliveira acrescentou que «isto confirma que o primeiro-ministro está, de facto, empenhado num único objetivo, que é o de empobrecer os trabalhadores e agravar a exploração para resolver os problemas que o capital criou e cuja responsabilidade não quer assumir».

A entrevista foi, por isso, considerou, «muito clara em relação às intenções do Governo¿ e ¿deve ser obrigatoriamente muito clara para os portugueses».

«A tarefa que se coloca aos portugueses, particularmente aos que são atingidos por estas políticas do Governo, é derrotar este Governo, é derrotar este pacto de agressão [o acordo de ajuda externa] e encontrar uma política alternativa, patriótica e de esquerda como o PCP tem afirmado, para que possamos dar um outro rumo ao país, porque entregues a este tipo de políticas e a este tipo de gente, o país não tem futuro», acrescentou.

Para o deputado do PCP, esta entrevista «confirmou» ainda «um primeiro-ministro enredado no seu próprio labirinto que fala de sucessos e bons resultados», apesar da «verdadeira tragédia que há no país de há um ano a esta parte» e quando há «mais dívida, mais défice, mais desemprego, menos poder de compra».

«O primeiro-ministro fala em sucesso, arriscando até usar uma palavra que o ministro das Finanças ontem [quarta-feira] recusou utilizar. E no meio disto tudo não consegue justificar com um único elemento as medidas que anunciou na sexta-feira e que agora procurava defender», disse.

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