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OE 2010: «País está em estado de sítio»

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Quando se «reduzem reformas» a quem trabalhou 40 anos é porque estamos em «desespero», diz fiscalista. OE não resolve «problemas estruturais», o que será «severamente penalizador nos próximos anos»

«O país está em estado de sítio». Para o fiscalista Diogo Leite Campos, «quando se reduzem reformas a quem trabalhou 40 anos é porque estamos em desespero».

À entrada para o almoço-debate organizado pelo Fórum de Administradores de Empresas, que contou com a presença do ministro das Finanças, Leite Campos disse ainda aos jornalistas que «este Orçamento de Estado é conservador e não aborda os problemas estruturais do país, sobretudo a questão do défice e do endividamento público».

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Ora, não resolver estes problemas «será severamente penalizador para os próximos anos».

O Orçamento de Estado deveria abrir uma «porta de esperança» e «indicar um caminho para produzirmos mais e gastarmos menos», afirmou Leite Campos. «E não o faz».

«Este défice é estrangulador; e a dívida pública, no nível em que está, não permite que a economia cresça mais do que 1% ao ano», salientou ainda o fiscalista, dizendo entender que o orçamento reflecte o período de crise que vivemos, mas deixou o aviso: «Não nos podemos dar ao luxo de fazer orçamentos para ir aguentando a crise».

Sobre um possível aumento de impostos para fazer crescer a rubrica da receita, Leite Campos não tem dúvidas: «Seria um desastre. O caminho para reduzir o endividamento é feito no corte da despesa, tornando-a mais eficiente».

E a eficiência, neste campo, é possível: «Podemos manter os mesmos serviços ao país gastando menos 25%».

Sobre os prémios à banca, uma alteração deste Orçamento de Estado, Leite Campos apelidou a medida de «demagógica». «Porque é que uma pessoa que recebe um prémio, que é o resultado do seu trabalho, há-de pagar mais imposto do que as mais-valias com acções?»

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