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Portas «vitaminado» dá receita para o país melhorar

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No Algarve, líder do CDS resistiu ao calor e não trocou a campanha pela praia. No meio das laranjas, não quis falar em coligações

Manhã de sol e calor e a praia ali tão perto. O corpo até podia pedir, mas Paulo Portas não se deixou tentar pelas areias algarvias e foi de campanha que se fez esta manhã. Na recta final, o líder do partido assumiu um tema que até agora apenas tinha sido referido nos discursos do eurodeputado Nuno Melo: a imigração.

Depois de uma visita às instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Faro, Portas afirmou que «temos mais de 30 mil imigrantes desempregados inscritos nos centros de emprego». «O país só deve acolher aqueles que pode integrar. Se a política for totalmente aberta num período de recessão, as pessoas são enganadas porque vêm à procura de trabalho e não encontram, vão para os centros de emprego e muitas vezes são exploradas e ficam mesmo debaixo das pontes sem terem o que comer», disse ainda.

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Depois, Portas seguiu para a Cacial, Cooperativa Agrícola de Citricultores do Algarve, onde acompanhou o processo de embalagem de laranjas. Questionado sobre se andava à procura de vitamina C, numa referência a uma possível coligação com o PSD, o líder centrista gracejou e afirmou: «estou muito vitaminado».

Mas mais tarde, já numa arruada no centro da cidade de Faro, Portas voltou a falar de vitaminas, afirmando que são o que o país precisa.

Como é seu hábito, Portas entrou em lojas e cafés, reconhecendo mesmo algumas militantes e simpatizantes com quem se tinha cruzado na última iniciativa do género na cidade. «Mande beijinhos à sua amiga», disse a um grupo de três senhoras, explicando depois aos jornalistas que a senhora em causa é «militante do CDS desde a fundação».

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Mais uns metros e Portas cruza-se com uma jovem que distribui amostras de perfume. O líder centrista pára e experimenta. «Fica bem com a sua pele», diz-lhe a funcionária. Portas agradece e sorri, mas nem repara no nome escrito no crachá da jovem: «Louçã». Caso tivesse visto, Portas teria certamente feito uma piada, talvez sobre o doce perfume da vitória contra os adversários da «extrema-esquerda».

Portas continua a caminhar, embora não admita abertamente que a meta é ultrapassar os dois dígitos nestas legislativas. Cumprimenta quem passa e quem aproveita o bom tempo para almoçar na esplanada. «O leitão é da Bairrada?», pergunta num restaurante. Quando lhe respondem que sim, afirma: «se é, vota CDS».

A boa disposição continua e até deve ter melhorado quando encontrou uma militante do PSD que agora vai votar CDS porque não gosta «de quem está à frente» dos destinos sociais-democratas. Portas oferece-lhe uma caneta e ela garante que vai usá-la para votar no dia 27.

Depois continuou o percurso até que não ficasse farense ou turista por cumprimentar. O caminho está quase a terminar e já falta pouco para saber se a meta (embora não assumida) será ou não atingida.

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