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Passos apela ao voto dos socialistas descontentes

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«Eu acho que são muitos os socialistas em Portugal que também estão descrentes, que também estão desconfiados» e apela: «Não percam tempo com quem já sabem que fracassa»

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, dirigiu este domingo o seu discurso aos socialistas que estão descontentes com este Governo. «Cada vez são mais aqueles que ficam com mais, senão com quase tudo, e cada vez são mais aqueles que são excluídos e aqueles que têm de viver com sacrifício e a pagar impostos para que outros fiquem com grandes rendas. Será uma ironia que esta sociedade pobre, de privilégios para alguns, tenha sido construída por quem se diz socialista», afirmou, num almoço-comício que juntou 3500 pessoas do distrito do Porto num pavilhão em Penafiel.

«Quantos socialistas não existirão hoje em Portugal quer não se reconhecem nesta sociedade que foi construída com estas políticas e com estes governantes?», questionou. «Eu acho que são muitos os socialistas em Portugal que também estão descrentes, que também estão desconfiados, que também não querem mais esta maneira de estar no nosso país», disse ainda, recebendo um grande aplauso da sala.

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Referindo-se novamente à «campanha de medo», que Passos Coelho acusa o PS de estar a criar em torno do programa do PSD, nomeadamente, na área das políticas sociais, o líder do PSD afirmou: «Portugal não tem razão para ter medo de mudar de Governo. Tem hoje todas as razoes para querer fugir do pesadelo que nos criaram».

«Só há um partido que pode lutar pelo estado social e que pode garantir que a saúde não estará em causa, e que todos os portugueses terão direito à saúde. E esse partido é o PSD», garantiu, dizendo depois ainda que, com o PSD, «todos terão uma verdadeira oportunidade na educação».

Depois de dizer que «temos que pôr a economia a crescer. Sem batota, sem apostar só nos amigos», Passos Coelho afirmou: «Nós não andámos a vida inteira refugiados em lugares de governo. Nós sabemos o que é a vida e sabemos da experiência de vida o que é que custa chegar ao final do mês e pagar os salários daqueles que trabalham connosco».

E no meio das críticas deixou uma garantia: «Nós vamos tirar Portugal na ajuda externa. Vamos voltar a erguer com dignidade o nome de Portugal. Pagaremos aquilo que os outros pediram em nosso nome, por dívidas que nós não fizemos».

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«Não percam tempo com quem já sabem que fracassa. Dêem força a quem pode ajudar a ganhar Portugal», apelou no final.

Antes de Passos Coelho, num pavilhão muito quente e onde a água da muita chuva que caía lá fora foi conseguindo entrar em alguns locais, discursou o cabeça de lista do PSD pelo distrito do Porto, José Pedro Aguiar-Branco, que disse que «é preciso defender Portugal de José Sócrates»

Lembrando que o lema da campanha do PS é «Defender Portugal», Aguiar-Branco afirmou: «O PS diz que é preciso defender Portugal. Nós dizemos: é preciso defender Portugal de José Sócrates, do primeiro-ministro que deixou o país na bancarrota».

Aquele que foi um dos adversários de Passos Coelho nas eleições internas do PSD acusou ainda Sócrates de fazer «batota».

No final dos discursos, Passos Coelho teve ainda direito a uma surpresa. Uma jovem fadista, da JSD de de Penafiel, cantou para o líder do PSD, que no final confessou alguma «inveja» por ver alguém, a esta altura da campanha «com uma voz tão clarinha», já que a sua já vai faltando.

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