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Sócrates não governa para «obter simpatias»

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Em reunião com professores socialistas PM terá dito que não governa para corporações

O secretário-geral do PS disse hoje numa reunião com professores socialistas que não governa para as corporações ou para obter simpatias, em resposta a um militante que lhe apontou o descontentamento dos docentes face ao Governo.

José Sócrates reuniu-se hoje na sede do PS durante quatro horas e meia com cerca de 130 militantes socialistas professores, para os ouvir sobre a política educativa do Governo. A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, também esteve na reunião, para a qual foram convocados militantes de todas as federações do PS. No final, ficaram previstos novos encontros do género, designadamente em Beja, ainda sem data.

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De acordo com um dos presentes na reunião, uma das três dezenas de intervenções foi de um militante que declarou a José Sócrates que muitos dos professores que votaram no PS em Fevereiro de 2005 não o fariam neste momento.

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Segundo o mesmo socialista, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro respondeu de forma acalorada que não estava a trabalhar para as corporações, mas para o país e que o país precisa das medidas que o Governo está a tomar. Outro militante presente na reunião deu uma versão diferente da resposta de Sócrates, relatando que o secretário-geral do PS assinalou que não governa para obter simpatia e que não está preocupado em obter simpatias.

À entrada para a reunião, José Sócrates sublinhou, em declarações aos jornalistas, que o PS manterá a sua linha política no Governo, cumprirá o seu mandato e o seu programa. Medidas como a avaliação dos professores e o novo modelo de gestão das escolas vão avançar, em nome de uma escola pública melhor, assegurou.

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Sala cheia

No encontro, em que teve a seu lado a ministra e os dois secretários de Estado da Educação, José Sócrates declarou aos professores do partido que foi ele quem pediu a reunião, admitindo que tem realizado poucos encontros sectoriais, embora visite frequentemente as estruturas do partido.

O PS contabilizou entre 130 e 140 militantes presentes na reunião e um deles relatou à agência Lusa que a sala, com aproximadamente 100 lugares sentados, estava cheia e houve pessoas que tiveram de ficar de pé.

A reunião começou às 17:00, quando dezenas de manifestantes se concentravam à frente da sede do PS do Largo do Rato e apuparam José Sócrates e os militantes à medida que entravam no edifício, e terminou às 21:30 horas.

A manifestação foi referida na intervenção inicial de Sócrates, que voltou a considerá-la inadmissível, sublinhando que os socialistas nunca se foram manifestar à frente de outras sedes partidárias, adiantou um dos militantes presentes à Lusa.

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