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CIA: PS diz que relatório não tem nada de «novo»

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Organizão Reprieve diz que mais de 700 prisioneiros passaram por Portugal

O PS defendeu esta terça-feira que o relatório da organização britânica Reprieve, segundo o qual mais de 700 prisioneiros de Guantánamo passaram por Portugal, não contém «nenhum elemento novo» que contrarie o que tem sido dito pelo Governo, noticia a Lusa.

«Não existe neste relatório nenhum novo facto que de alguma forma negue o que tem sido dito pelo Governo português, isto é, que Portugal não tinha conhecimento de que estes voos tenham levado passageiros com a intenção de os transportar para Guantánamo», afirmou o porta-voz do PS Vitalino Canas, em declarações à Agência Lusa.

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Sobre a intenção, hoje anunciada pelo PCP, de avançar com uma comissão de inquérito parlamentar sobre esta matéria, Vitalino Canas não quis avançar já com a posição do PS mas desvalorizou a iniciativa.

«Todas estas situações foram já debatidas no Parlamento português, não há nenhuma situação nova nem nos parece que este relatório venha acrescentar nada», disse.

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PCP quer ouvir director da Reprieve

O PCP vai propor uma comissão de inquérito parlamentar sobre as alegadas responsabilidades de Portugal no transporte ilegal de presos para Guantánamo e quer ouvir o director da organização britânica de direitos humanos Reprieve, autora da última denúncia.

O relatório da Reprieve indica que mais de 700 prisioneiros foram ilegalmente transportados para a base norte-americana de Guantánamo, Cuba, «com a ajuda de Portugal».

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Ainda segundo o relatório da organização, revelado na segunda-feira, pelo menos 94 voos passaram por território português, entre 2002 e 2006.

O relatório da Reprieve aponta que «pelo menos em seis ocasiões» aviões de transferência de prisioneiros voaram directamente da base das Lajes nos Açores para Guantánamo, Cuba.

A ONG defende que as investigações «demonstram que Portugal desempenhou um papel de apoio de relevo no amplo programa de transferência de prisioneiros» e, «pelo menos, nove prisioneiros transportados através de jurisdição portuguesa foram cruelmente torturados em prisões secretas espalhadas pelo Mundo antes da sua chegada a Guantánamo».

Actualmente, encontra-se em curso um inquérito-crime aberto pelo Ministério Público português há cerca de um ano, tendo na semana passada fonte da Procuradoria-Geral da República dito à Lusa que a decisão está para breve.

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