Para o antigo presidente da Associação Nacional de Combustíveis (Anarec), António Saleiro, o verdadeiro problema do mercado está na distribuição e afasta a hipótese proposta esta segunda-feira pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP) de separação das várias actividades do sector, refere em declarações à Agência Financeira (AF).
Para crescer a concorrência no sector, o ACP sugere a separação das actividades da produção e importação, da armazenagem, do transporte e da distribuição no mercado de combustíveis.
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«O verdadeiro problema está na distribuição, ficaria mais caro para o consumidor se tivéssemos de criar uma empresa para cada área de negócio», refere.
No entender de António Saleiro, «não faz sentido as que as empresas petrolíferas sejam distribuidoras e revendedoras ao mesmo tempo», daí defender que o Governo ponha fim às subsidiárias.
«A Galpgest é uma empresa que a petrolífera tem para vender directamente os combustíveis aos consumidores, com uma estrutura igual à da Galp e localizada na sua sede», acusa.
Ausência de provas materiais
Já em relação à audiência desta terça-feira do presidente da Autoridade da Concorrência, Manuel Sebastião, no Parlamento, António Saleiro afirma à AF «não esperar grandes novidades».
«A Concorrência afirmou no seu estudo que não encontrou indícios de cartel mas o que esperava encontrar? Indícios materiais? Seria difícil, porque não assistiu a nenhum telefonema, reunião ou leu um documento mas a lei prevê como prova a dedução e a reunião semanal da Associação das Empresas petrolíferas (Apetro) poderia ser considerada uma prova de como as petrolíferas nessa altura definem a sua estratégia comum», conclui.
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