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Estrangeiros absorvem trabalhos que portugueses não querem

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De acordo com uma análise do BPI, os imigrantes que estão em Portugal dão mais dinheiro ao Estado do que aquele que recebem dele e ocupam empregos que os portugueses se recusam a ter.

«Apesar da forte percentagem de imigrantes ilegais, os processos de regularização extraordinários permitiram que a entrada de novos indivíduos no sistema se traduza num contributo positivo para as contas públicas», escreve a analista Susana Santos com base em dados do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME). O Alto Comissariado também não detém dados sobre o crédito concedido a imigrantes em Portugal.

Segundo dados do Observatório da Imigração de 2003, os imigrantes em Portugal deram um contributo líquido de 323 milhões de euros ao Estado português, valor perto do lucro anual da concessionária de auto-estradas Brisa em 2005. O BPI diz que a comunidade imigrante contribuiu com 400 milhões de euros para os cofres públicos em 2003.

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«Não raras vezes os imigrantes contribuem de forma indirecta sem que daí lhes advenha qualquer tipo de proveito, passando muitas vezes à margem do sistema nacional de saúde e segurança social», lembra a mesma especialista.

A análise mostra também que o desemprego português não aumentou por causa da imigração, já que os imigrantes normalmente preenchem vagas em que os portugueses não estão interessados, com salários mais baixos e condições de trabalho precárias.

Susana Santos considera que os imigrantes podem funcionar como «estímulo» para a economia portuguesa uma vez que fomentam o aumento da produtividade e porque, com o crescimento da população activa, o consumo potencial também cresce.

A provar esta tese estão os dados mais recentes do Ministério do Trabalho e Segurança Social. A subida acentuada do desemprego está a fazer vítimas, também, entre os mais de 450 mil imigrantes legalizados em Portugal. Entre Junho de 2000 e o mesmo mês de 2004, o número de imigrantes a receber subsídio de desemprego quadruplicou, passando de 4.462 para 20.895. Ou seja, este grupo representava já 5,1% do total de beneficiários de prestações de desemprego.

O fenómeno atinge, em particular, os imigrantes dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), que, em Junho de 2004, representavam 45% dos estrangeiros desempregados. O segundo maior grupo era composto pelos oriundos dos países do Leste europeu (17,3%), logo seguidos pelos originários do Brasil, que representavam 16% do total.

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