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Governo promete ter inflação de 2008 em conta nos salários de 2009

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Rever aumentos da função pública está «fora de questão»

O ministro das Finanças garante que se a taxa de inflação de 2008 ultrapassar a actual previsão do Governo, que é de 2,1 por cento, isso será tido em conta na negociação salarial para 2009, daqui a um ano.

O ministro, que esteve esta tarde a ser ouvido na Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, esclareceu que «todos os anos, nas negociações salariais com os sindicatos, essa questão é colocada» e assegurou que, «daqui a um ano, se a inflação de 2008 estiver acima daquilo que é a previsão do Governo, isso será tido em conta nos aumentos para 2009».

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O esclarecimento surgiu depois de, em sede da mesma comissão parlamentar, o secretário de Estado do Orçamento ter assegurado que, caso em 2008 a inflação ficasse acima do esperado, o Governo daria resposta aos parceiros em sede de concertação social.

O secretário de Estado do Orçamento disse esta terça-feira que o governo dará uma resposta aos parceiros da concertação social caso a inflação verificada em 2008 venha a ser diferente da inflação prevista, o que foi interpretado por alguns deputados como uma declaração de que o Governo estaria disposto a repor a diferença entre a taxa de inflação efectivamente registada e o aumento salarial proposto para a função pública, que é igual à taxa de inflação prevista (2,1%).

Recorde-se que a previsão de inflação para 2008 serviu de base para a actualização salarial da função pública proposta pelo Executivo aos sindicatos do sector. Facto que serviu para a oposição lembrar que, historicamente, a taxa de inflação efectivamente verificada costuma ficar acima das previsões dos sucessivos Governos, fazendo com que a função pública tenha vindo a perder poder de compra.

Este ano, o Governo tinha prometido, pela voz do primeiro-ministro, José Sócrates, ainda antes de ter sido apresentada a proposta de aumento salarial aos sindicatos da função pública, que os funcionários este ano não perderiam mais poder de compra.

De resto, o ministro das Finanças assegurou ainda que «a previsão de inflação para 2008 está perfeitamente em linha com a evolução verificada mesmo a nível europeu. Para este ano prevemos 2,3%, partindo deste valor, uma taxa de 2,1% para o ano que vem não é inverosímil», acrescentou.

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