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Ministério Público investigou transacções suspeitas do BPN em 2007

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Instituição inquiriu administrador do banco e do Banco Insular sobre movimentos de crédito

O Ministério Público teve conhecimento das ligações estreitas entre o BPN e o Banco Insular de Cabo Verde em 2007, quando investigou movimentos de crédito suspeitos entre as duas instituições, revelou à agência «Lusa» fonte do grupo SLN/BPN.

De acordo com o mesmo responsável do grupo SLN/BPN, que pediu para não ser identificado, no final do ano passado o Ministério Público inquiriu os administradores do BPN e do Banco Insular sobre um conjunto de movimentos de crédito entre as duas instituições.

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Os investigadores apresentaram-se munidos de uma listagem com centenas de transacções bancárias entre as duas instituições-o que significa que obtiveram o levantamento do sigilo bancário-tendo questionado os responsáveis do Insular sobre quatro desses movimentos.

Na altura, o facto de o Insular trabalhar quase exclusivamente com o BPN não escapou à atenção dos investigadores, que terão questionado os banqueiros sobre este facto.

No entanto, não seria este o objectivo da investigação, pois o tema não voltou a ser abordado pelos investigadores no decorrer dessas diligências, disse o mesmo responsável.

Contactada pela «Lusa», fonte do Ministério Público não confirmou a existência destas diligências em 2007, mas afirmou que já antes, em 2005, as autoridades portuguesas pediram ajuda às suas congéneres cabo-verdianas no âmbito de uma investigação por suspeita de branqueamento de capitais envolvendo contas no BPN e no Insular.

No entanto, salientou a mesma fonte, na altura o BPN e o Insular não se encontravam sob investigação.

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PGR mantém silêncio

Questionada pela «Lusa», uma porta-voz da Procuradoria-geral da República (PGR) não quis confirmar estas informações.

«Atenta à grande sensibilidade da questão, a PGR tem mantido rigoroso silêncio, não prestando quaisquer informações sobre as investigações. Oportunamente, se prestarão os esclarecimentos entendidos como necessários», afirmou a mesma fonte da entidade liderada por Pinto Monteiro.

O Banco Insular encontra-se no centro das alegadas irregularidades, com perdas de várias centenas de milhões de euros, que levaram ao colapso financeiro do BPN e à sua nacionalização.

O BPN apenas reconheceu recentemente ser o verdadeiro proprietário do Insular, depois de ter exercido durante vários anos o controlo do banco cabo-verdiano através de uma sociedade «offshore».

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