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Ferreira do Alentejo: médicos voltam ao serviço

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Três dos quatro clínicos que estavam de baixa regressaram

Três dos quatro médicos do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo (Beja), que estavam de baixa, já voltaram ao serviço, mas a comissão de utentes continua preocupada com o futuro dos cuidados de saúde no concelho.

A única médica ainda de baixa «deverá voltar ao serviço no final desta semana», adiantou esta terça-feira à agência Lusa o director da Sub-região de Saúde de Beja, João de Pina Manique, garantindo que o Serviço de Atendimento Complementar (SAC) e a maior parte dos postos médicos das aldeias «estão a funcionar normalmente».

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Entre finais de Janeiro e meados deste mês, devido à baixa de quatro dos seis médicos do Centro de Saúde, verificaram-se «atrasos no atendimento» e «falhas» no SAC, responsável pelas urgências, tendo a Sub-região de Saúde de Beja recorrido a uma empresa privada para garantir a presença de um médico externo por dia para assegurar o serviço.

As extensões do Centro de Saúde, em oito aldeias do concelho, também estiveram sem cuidados médicos e apenas prestaram cuidados de enfermagem, segundo a comissão de utentes daquela unidade de saúde.

«A maior parte dos médicos já voltou ao serviço, mas o problema de raiz do centro de saúde, o corpo clínico reduzido, continua por resolver», alertou Paulo Conde da comissão de utentes, manifestando-se «preocupado» com o futuro dos cuidados de saúde no concelho.

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«Tal como já aconteceu várias vezes, sempre que um médico se ausentar, por baixa médica ou normal gozo de férias, como é normal no Verão, o funcionamento do SAC é afectado e os postos de saúde das aldeias ficam sem prestar cuidados médicos às populações, apenas cuidados de enfermagem», lamentou.

«O problema do corpo clínico reduzido em Ferreira do Alentejo é comum à maior parte das unidades de saúde do Alentejo e de outras regiões do interior do país», salientou João de Pina Manique, explicando que «é difícil contratar médicos para trabalhar no Alentejo».

Concursos desertos

«Os concursos públicos que abrimos para contratar médicos para a região ficam desertos», lamentou, alertando que o problema da falta de clínicos na região vai «agravar-se no futuro, com a reforma dos clínicos actualmente ao serviço» e cuja média de idades é de «53 anos».

Petição para levar à Assembleia

De acordo com Paulo Conde, a comissão de utentes está a recolher assinaturas para uma petição a entregar à Assembleia da República e através da qual reclama o «reforço do corpo clínico ao serviço do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo», para «evitar os problemas recorrentes na prestação dos cuidados de saúde à população do concelho».

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