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Médicos: incentivos já existem, mas não são pagos

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Ordem dos Enfermeiros critica disparidade de pagamentos entre classes

A Federação Nacional de Médicos lembrou esta quarta-feira que os incentivos aos profissionais das Unidades de Saúde Familiar «sempre estiveram previstos», lamentando «não estarem a ser aplicados», enquanto a Ordem dos Enfermeiros criticou a disparidade de pagamentos entre classes, noticia a Lusa.

Pilar Vicente, da Federação Nacional de Médicos (FNAM), referiu que os incentivos previstos pelo Governo para as USF nunca foram aplicados na prática e continuam a «não ser dados os dinheiros, os meios e o pessoal» tal como legislado, num comentário à proposta de portaria do Ministério da Saúde sobre incentivos às Unidades de Saúde Familiar (USF).

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«Temos recebido queixas de médicos que garantem que as USF não estão a funcionar como previsto», referiu a sindicalista, adiantando que a constituição destas unidades «deixou a descoberto as consultas dos centros de saúde para uma grande parte da população».

«Na Amora, estão mais de 20 mil utentes sem médico ou recurso a consultas», exemplificou Pilar Vicente, apontando também o caso de Évora, onde «as regiões da periferia estão a ficar descobertas» quanto a assistência médica.

A Ordem dos Enfermeiros (OE) manifestou, por seu lado, o descontentamento sobre as diferenças de remunerações entre as classes de profissionais e a dependência do pagamento dos incentivos a enfermeiros e administrativos das acções praticadas pelos médicos.

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Jacinto Oliveira, um dos vice-presidentes da OE, lembrou que sempre foi defendido o regime de remuneração especial igual para todos os profissionais de saúde. «A portaria faz depender os incentivos dos enfermeiros dos resultados da equipa multiprofissional e os resultados institucionais dependem fortemente da actividade médica», sublinhou o dirigente, caracterizando o texto como «perfeitamente inaceitável». «É muito grave se não for alterado. Esta é uma medida que visa motivar, mas nunca se pode premiar um trabalhador fazendo-o depender de outrem», concluiu.

A Lusa tentou, sem sucesso, obter comentário junto do bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, e do presidente da Missão para os Cuidados Primárias de Saúde, Luís Pisco.

Pela parte do pessoal administrativo, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública (SINTAP), Nobre dos Santos, adiou comentários para depois de uma análise da proposta do Ministério pelo departamento do sindicato responsável pela Saúde.

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